Gilmar Mendes foi o primeiro a se manifestar publicamente contra os demandos da Lava Jato, afirmou o autor da iniciativa que outorgou o título de cidadão do DF ao ministro do STF
O deputado distrital do PT, Ricardo Vale, afirmou, ainda, que é graças a “a democracia que permite pôr o nome do professor-doutor e ministro Gilmar Mendes, com destaque, no panteão da história brasileira”.
Por Humberto Azevedo
O autor do requerimento que outorgou nesta segunda-feira, 2 de dezembro, o título de cidadão honorário de Brasília ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, deputado distrital Ricardo Vale (PT-DF), justificou que a entrega da horaria da capital da República ao decano da Suprema Corte decorreu também do fato de ter sido ele a primeira autoridade a se manifestar publicamente contra os desmandos da Lava Jato.
O petista Ricardo Vale, afirmou, ainda, que é graças a “a democracia que permite pôr o nome do professor-doutor e ministro Gilmar Mendes, com destaque, no panteão da história brasileira e dos anais das nossas mais caras instituições democráticas”. “É a democracia que permite estarmos aqui hoje”, destacou.
“Foi o ministro Gilmar Mendes a primeira autoridade do Poder Judiciário a se manifestar publicamente contra os desmandos que vinham ocorrendo na famosa engendrada operação Lava Jato, que criou um código de processo penal próprio para ela e desviou o tom do noticiário nacional para Curitiba, no auge de sua atuação em que o Brasil parou literalmente”, disse o petista que também é o vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
“Em nome de um suposto combate à corrupção foram destruídas as empresas mais importantes do nosso país e as grandes obras públicas foram inteiramente paralisadas. Muitas delas estão por aí, sendo carcomidas pela ferrugem e desperdício do dinheiro público”, continuou Ricardo Vale.
LULA LIVRE
Vale também ressaltou a importância do ministro Gilmar Mendes em libertar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de uma prisão política, fruto de uma decisão injusta que o levou para a cadeia e que o fez cumprir 580 dias na sede da Polícia Federal de Curitiba.
“Foi também o ministro Gilmar Mendes, a primeira autoridade judiciária, a dizer fora dos autos, que o presidente Lula não tinha tido um julgamento justo e a execração pública a que ele foi submetido não correspondia à verdade. Isso foi posteriormente confirmado letra a letra pela operação ‘spoofing’ e o resto da história ainda está muito viva na cabeça de todos nós”, complementou o petista brasiliense.
“Cada um dos que aqui estão presentes tem sua opinião formada sobre esses acontecimentos e os desdobramentos dessa operação Lava Jato que culminou, no governo do deslocado Jair Bolsonaro e nos deploráveis episódios de 8 de janeiro de 2023. A democracia está muito acima de todos nós e nos une, mesmo nas eventuais diferenças ideológicas”, completou Ricardo Vale.