A Rodoviária do Plano Piloto é um ponto estratégico. O produto aplicado tem poder residual prolongado, permanecendo ativo nas paredes e superfícies. (Foto: Jhonatan Cantarelle / Agência Saúde-DF+)

GDF reforça ação de combate à dengue

Ação inclui borrifação residual e ampliação de tecnologias e equipes para controlar o mosquito Aedes aegypti.

 

Por Humberto Azevedo

 

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) intensificou as ações de combate à dengue em locais estratégicos de grande circulação, como a Rodoviária do Plano Piloto, todas as estações de metrô da capital federal, além de feiras permanentes em 12 das 33 regiões administrativas também denominadas de cidades-satélites. A medida inclui a aplicação da técnica de Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI), que utiliza inseticidas de alta durabilidade para minimizar a presença do mosquito transmissor.

 

Segundo a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, o DF tem que continuar fazendo o seu dever de casa quando o assunto é dengue. A borrifação será realizada até maio em feiras locais de Águas Claras, Gama, Cruzeiro, Fercal, Guará, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Planaltina, Plano Piloto, Recanto das Emas e Riacho Fundo 1 e 2.

 

Segundo o gerente de vigilância de vetores e animais peçonhentos e ações de campo da SES-DF, Edi Xavier, a técnica é especialmente eficaz para reduzir o contato da população com o vetor. Os principais focos da pulverização incluem áreas próximas a banheiros, espaços de convivência e corredores.

 

A técnica de Borrifação Residual é especialmente indicada para locais com grande movimentação de pessoas, onde há maior risco de proliferação de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. A expectativa é que as ações contribuam para uma redução significativa dos casos dessas doenças no DF.

 

“Não é porque tivemos uma diminuição de quase 98% dos casos neste início de ano, comparado com o ano passado, que podemos descansar, pelo contrário, temos que continuar trabalhando e investindo para que a dengue não faça mais vítimas”, comentou a secretária Lucilene Florêncio. 

 

“A Rodoviária do Plano Piloto é um ponto estratégico. O produto aplicado tem poder residual prolongado, permanecendo ativo nas paredes e superfícies. Assim, ao repousar nesses locais, os mosquitos entram em contato com o inseticida e são eliminados. É importante ressaltar que esta técnica é segura à população, animais domésticos e meio ambiente”, explica o gerente da vigiância.

 

TODOS CONTRA A DENGUE

 

A técnica de borrifação residual intradomiciliar é segura à população, animais domésticos e meio ambiente. (Foto: Jhonatan Cantarelle / Agência Saúde-DF)

 

Além da borrifação, a SES-DF ampliou o número de profissionais envolvidos no combate ao Aedes aegypti. O contingente de agentes de vigilância ambiental (AVAs) aumentou de 415 para 915, e o de agentes comunitários de saúde (ACSs), de 800 para 1,2 mil. A Defesa Civil também reforçou seu time, passando de 70 para 109 agentes, com equipes destacadas para cada região administrativa.

 

A Secretaria também está investindo em tecnologia, com a contratação de drones e de um aplicativo de georreferenciamento para identificar e monitorar focos do mosquito. Atualmente, 657 smartphones auxiliam os agentes no controle vetorial. O número de estações disseminadoras de larvicida, conhecidas como armadilhas, saltou de 2,3 mil para cerca de 4 mil. Esses dispositivos já foram instalados em locais como Sol Nascente/Pôr do Sol e, em breve, chegarão a Água Quente e Recanto das Emas. A instalação de ovitrampas também será ampliada, com previsão de 6 mil unidades em 2025.

 

PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE É FUNDAMENTAL

 

Edi Xavier enfatiza que, embora as inovações sejam importantes, o apoio da população é fundamental. Com o esforço conjunto entre governo e sociedade, a SES-DF reforça seu compromisso em proteger a saúde da população e enfrentar os desafios do controle do Aedes aegypti. O ano de 2025 começou com uma queda significativa dos casos de dengue no Distrito Federal.

 

A primeira semana de janeiro registrou 196 casos prováveis, o que representa uma redução de 97,6% em relação ao ano passado. No mesmo período de 2024, a capital já tinha 8.228, e, no ano anterior, 711 registros.

 

“A eliminação de criadouros, como recipientes que acumulam água parada, continua sendo indispensável para conter a proliferação do mosquito”, alerta.

 

Com informações de assessoria.

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