Ex-líder do governo Bolsonaro vê Alcolumbre como nome quase certo para voltar a presidir o Senado
Em conversa com a reportagem do portal “RDMNews”, o senador tocantinense nem citou e lembrou que o colega de seu partido, PL, Marcos Pontes lançou candidatura para tentar presidir o Senado Federal.
Por Humberto Azevedo
O ex-líder do governo no Congresso Nacional do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), senador Eduardo Gomes (PL-TO), vê o nome de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) como quase certo para voltar a presidir o Senado Federal a partir de 1º de fevereiro de 2025.
A declaração do senador tocantinense aconteceu minutos antes de mediar um painel de debates no 27º congresso internacional de direito constitucional organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), que se encerrou na noite desta quinta-feira, 31 de outubro.
A fala de Eduardo Gomes vai no mesmo sentido feita pelo líder do PL naquela Casa federativa, senador Rogério Marinho (RN), que anunciou apoio da maioria da bancada liberal em favor da candidatura de Alcolumbre. Entretanto, na última quarta-feira, 30 de outubro, o senador e ex-ministro de Ciência e Tecnologia de Bolsonaro, Marcos Pontes (PL-SP), anunciou que lançaria candidatura própria para tentar presidir o Senado.
A iniciativa do “astronauta”, como é conhecido entre os seus eleitores por ter participado de uma missão da agência espacial dos Estados Unidos (Nasa), parece não ter surtido muito efeito com os próprios colegas de bancada como Eduardo Gomes e Rogério Marinho. O senador tocantinense nem citou e lembrou que Pontes tinha lançado candidatura para tentar presidir o Senado Federal.
“Eu acho que, principalmente no Senado, o fato de termos duas bancadas já um pouco maduras, porque um terço que tomou posse em 2023 já conviveu na casa, há uma sempre tendência nesse tipo de eleição, [que] está [se] decidindo um pouco antes, mas não há candidatos que não trabalham até o dia da eleição, eu acho que é isso que o David está fazendo (…) Ele colocou a candidatura e tem recebido muito apoio”, comentou.
DEMOCRACIA
Questionado sobre o evento do IDP, Eduardo Gomes disse que a pluralidade dos debates propostos demonstram que a democracia “em todos os seus aspectos, na divergência, na convergência” se dá “no trabalho que é feito no dia a dia, com todas as diferenças, mas sempre com respeito à democracia”.
“E eu acho que é isso que está se comemorando hoje. E também com um reconhecimento, um atendimento justo ao presidente Rodrigo Pacheco. A gente, como colega, fica muito feliz e entende que a democracia é absoluta, intensa. Ela frequenta todas as raízes e matizes ideológicas e o país vai amadurecendo a sua democracia e a forma livre de pensar e de agir dentro do respeito ao cidadão”, complementou ao se referir a homenagem da instituição de ensino ao atual presidente do Congresso Nacional e senador mineiro pela defesa intransigente da democracia brasileira.