Eunício Oliveira diz que governo se equivocou ao mandar isenção de IRPF até R$ 5 mil simultâneo às medidas de ajustes
Ex-presidente do Congresso Nacional, o emedebista cearense avalia a gestão Lula III como um “momento muito difícil”, depois “do que presenciamos durante os quatro anos de governo Bolsonaro”; Ele falou ainda “que Brasília faz justiça” ao entregar o título de cidadão honorário ao ministro Gilmar Mendes.
Por Humberto Azevedo
O deputado federal Eunício Oliveira (MDB-CE) afirmou, com exclusividade para a reportagem do Grupo RDM, que governo se equivocou ao mandar a proposta de isenção de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) até R$ 5 mil simultâneo às medidas de ajustes nos orçamentos 2025 e 2026 para se adequar à nova legislação prevista no arcabouço fiscal aprovado e vigente desde 2023.
“Eu espero que a gente conclua isso [reforma tributária] para que o Brasil tenha uma certa calma, acho que o governo se equivocou ao mandar simultaneamente os dois projetos, o da isenção até 5 mil reais, que é extremamente justo, mas simultaneamente ele mandou o outro projeto da reforma tributária. Então, acho que podia ter sido inclusive dentro do próprio projeto, um único projeto de lei, já incorporando e fazendo as mudanças internas e, obviamente, criando essa possibilidade do Brasil sair dessa condição fiscal que hoje a gente se encontra para que o desenvolvimento possa chegar novamente”, falou o emedebista cearense.
Ex-presidente do Congresso Nacional, entre os anos de 2017 a 2019, Eunício Oliveira avalia a terceira gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à frente do Palácio do Planalto como um “momento muito difícil”, depois “do que presenciamos durante os quatro anos de governo Bolsonaro”. Tais declarações aconteceram após ele participar da sessão solene da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) nesta última segunda-feira, 2 de dezembro, que entregou o título de cidadão honorário de Brasília ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Eunício falou “que Brasília faz justiça” ao decano da Suprema Corte.
“Olha, eu acho que o presidente Lula pegou um momento muito difícil no Brasil. Depois de um governo que todos nós presenciamos, assistimos aquilo e descobrimos. Abrimos aquilo que foi feito durante os quatro anos de gestão do governo Bolsonaro. Felizmente o Lula voltou pela vontade popular, pelo voto das pessoas, num regime democrático e que faz novamente a pacificação do país”, observou.
“Eu acho que Brasília faz justiça a uma figura extraordinária que chegou aqui muito cedo, que construiu toda a sua história, como eu também, aqui em Brasília, e hoje ele é homenageado com esse título de cidadão. Ele é um verdadeiro candango com uma história belíssima. Um crescimento fantástico de vida, de relações e, como disse, inclusive, alguém que falou lá na mesa, que o Gilmar, além de ser um dos maiores juristas que nós temos no país, é também um dos juristas que têm coragem de exercer, o direito, o direito de ir e vir, exercer o direito que as pessoas têm, inclusive, nos processos que ele sempre preside”, complementou.