sexta-feira, outubro 18, 2024

Últimas Postagens

Estudos sobre Bioinsumos traz alternativa que pode gerar economia de R$ 27,95 bi anuais ao agro brasileiro

A pesquisa mostra como a tecnologia pode reduzir a dependência de fertilizantes importados, possibilitando uma produção mais sustentável e de base biológica.

 

Por Humberto Azevedo

 

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) lançaram na última terça-feira, 24 de setembro, em Brasília, o estudo estratégico “bioinsumos como alternativa a fertilizantes químicos em gramíneas: uma análise sobre os aspectos de inovação do setor”. A utilização dessa tecnologia pode gerar uma economia de até R$ 27,95 bilhões para o país nas principais culturas como a de arroz, milho, trigo, cana-de-açúcar e pastagens, com possibilidade de redução de até 18,5 milhões de toneladas de emissões de gás carbônico (CO₂) equivalente.

 

O trabalho, elaborado pelo MAPA em parceria com a Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) e o Instituto do Serviço Nacional de Apoio à Indústria (Senai) de Inovação em Biossintéticos e Fibras, foi o passo inicial do “Projeto Nitro+”, que pretende elaborar uma estratégia para a ampliação do uso de tecnologias de inoculantes em gramíneas, aos moldes do que aconteceu com as leguminosas como a soja.

 

O secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, Pedro Neto, ressaltou a importância da consolidação dos processos de inovação na agropecuária e o desafio do Mapa de criar formas de “tangibilizar” a inovação, tornando-a acessível e fazendo com que agregue valor ao que é produzido por todos os agricultores no país, independente do seu porte.

 

Pedro Neto destacou também a excelência da parceria da ABBI, Instituto Senai e IICA na formulação e entrega desse estudo estratégico, que visa, sobretudo, alavancar a produção, tornando o setor agropecuário brasileiro cada vez mais resiliente, sustentável e competitivo internacionalmente.

 

De acordo com o representante do IICA no Brasil, Gabriel Delgado, esse estudo é um exemplo claro do que é possível conquistar quando estão reunidos governo, setor privado, instituições de pesquisa, sociedade e organizações internacionais. “A colaboração de entidades públicas e privadas tem sido fundamental para o fortalecimento da agricultura brasileira, nacional e internacionalmente, e nesse contexto o tema de bioinsumos tornou-se prioritário, tanto para o governo brasileiro, quanto para o IICA”, completou.

 

O fortalecimento do ecossistema de inovação e das articulações e a rede de inovação em bioinsumos, composta por institutos de pesquisa, startups, universidades, investidores, governos estaduais e stakeholders, potencializa a política pública e fornece um direcionamento para a ampliação do uso de inoculantes em gramíneas, o que deve reduzir a dependência brasileira de fertilizantes importados e promover uma agricultura cada vez mais resiliente.

 

Após a cerimônia de lançamento foram apresentados três paineis. No primeiro, o diretor de Apoio à Inovação para a Agropecuária do Mapa, Alessandro Cruvinel, e o diretor de Assuntos Regulatórios da ABBI, Marcos Pupin, trouxeram um panorama dos bioinsumos no Brasil.

 

Na sequência, a pesquisadora do Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos e Fibras, Luana Nascimento, apresentou o estudo e, finalizando, o gerente do Departamento de Agronegócios e Alimentos da Finep, Jorge Luiz Jardim Teixeira, falou sobre o apoio institucional a projetos de inovação em bioinsumos e bioeconomia.

 

Com informações de assessoria.

Latest Posts

Não perca