sexta-feira, outubro 18, 2024

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“Errei, mas de forma alguma me arrependo”, afirma Datena após cadeirada sobre candidato do PRTB

O apresentador de programas policiais, que tenta pela primeira vez se eleger prefeito da maior cidade sul-americana justifica que cometeu a agressão contra o candidato de extrema-direita por não ter aguentado as provocações feitas pelo ex-coach; “Simplesmente não me aguentei. Minha sogra é uma segunda mãe. Eu acho que esse cara merecia uma verdade, uma reprimenda”, falou.

 

Por Humberto Azevedo

 

O candidato à prefeitura de São Paulo (SP), José Luiz Datena (PSDB), afirmou na manhã desta segunda-feira, 16 de setembro, que errou ao jogar uma cadeira contra o candidato do PRTB – o ex-coach e influencer de internet, Pablo Marçal, já condenado e preso por participação em esquemas realizados por uma organização criminosa, mas que não se arrepende de “forma alguma”.

 

De acordo com apresentador de programas policiais, que tenta pela primeira vez se eleger prefeito da maior cidade sul-americana a justificativa para a agressão contra o candidato de extrema-direita ocorreu em virtude de não ter aguentado as provocações feitas pelo ex-coach.

 

“É claro que não [me arrependo]! Eu simplesmente não me aguentei. Minha sogra é uma segunda mãe. Eu acho que esse cara merecia uma verdade, uma reprimenda. Não sei se desse jeito! Mas alguma coisa parecida. Ele é um covarde e mereceu o que aconteceu”, falou pouco depois da agressão em entrevista a reportagem da TV Cultura – emissora que organizou o debate dos candidatos à prefeitura paulistana na noite deste último domingo, 15 de setembro.

 

“Eu queria saber como é que um cidadão, que acha que cometi, o que ele disse que cometi, de uma forma mentirosa. Porque ele foi julgado e condenado pelo crime que ele cometeu de roubo virtual, eu não. Eu, de forma alguma, só você consultar para ver que o caso foi todo arquivado. Minha sogra morreu depois dessas acusações, durante esse período que todos nós, da nossa família, sofremos com acusações de mentiras e daí por diante”, complementou em entrevista coletiva ao término do debate.

 

“Ninguém suporta isso! Ela teve três AVCs [Acidente Vascular Cerebral] e morreu, muito por causa disso. Agora achei que devia uma satisfação a ela, por ter sido acusado por um canalha desses, que ontem mesmo me convidou para tomar um café. Eu me recusei a tomar um café com ele”, completou durante a coletiva à imprensa.

 

SOLIDARIEDADE

 

Os adversários de Datena na corrida à prefeitura de São Paulo (SP) como o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Tábata Amaral (PSB) o procuraram para se solidarizar e ignoraram o candidato do nanico PRTB, que vem usando técnicas agressivas da economia da atenção para tentar atrair a simpatia de parte do eleitorado paulistano. Especialistas apontam que tais técnicas podem significar, no futuro, a “morte da Pólis”.

 

NOTA OFICIAL

 

Abaixo, segue a íntegra da nota emitida pelo apresentador licenciado do grupo Band e candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo.

 

Não defendo o uso da violência para resolver um conflito. Essa é a regra e sempre a respeitei nos meus 67 anos de vida. Até o dia de ontem. Porque torna-se difícil obedecê-la quando os limites de civilidade são rompidos e corrompidos por um oponente. Infelizmente, foi o que aconteceu na noite deste domingo durante debate promovido pela TV Cultura. Pablo Marçal demonstrou, em todas as situações a que teve oportunidade, sua falta de caráter. Demonstrou, ainda, que é uma ameaça à cidade de São Paulo. Será detido no voto. Mas, a despeito disso, precisava também ser contido com atos. Foi o que eu fiz. Eu sou um cara de verdade e, com um gesto extremo, porém humano, expressei minha real indignação por ter, de forma reiterada, sido agredido verbal e moralmente por um adversário que, como todos têm podido constatar, afronta a todos com desrespeito e ultraje, ao arrepio da ética e da civilidade. As acusações que Marçal me fez diante de milhões de pessoas são graves. E absolutamente falsas. Usando linguagem de marginais, algo que lhe é tão peculiar, feriu minha honra e maculou minha família, já machucada pela perda de um ente querido em decorrência do mesmo episódio, agora novamente imputado a mim de forma vil pelo meu adversário. Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas as circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu adversário. Espero, com minha atitude, ter mostrado, de uma vez por todas, o risco que a candidatura de Pablo Marçal representa para a integridade das pessoas, para a nossa democracia e para a sobrevivência de milhões de cidadãos que dependem da atuação da prefeitura de São Paulo para ter uma vida menos indigna. Espero, também, ter lavado a alma de milhões de pessoas que não aguentavam mais ver a cidade tratada com tanto desprezo e desamor por alguém que se propõe a governá-la, mas que quer mesmo é saqueá-la, de braços dados com o crime organizado. Continuarei a disputa pela prefeitura de São Paulo para realizar meu sonho de fazer de São Paulo uma cidade melhor, que ofereça uma vida digna aos que mais precisam. E também para defender a nossa democracia ameaçada por figuras como Pablo Marçal que querem o obscurantismo e não o bem da cidade e de sua população.

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