Em meio a negociações com Trump, Rússia destrói quatro estações da Starlink de Elon Musk e 18 pontos de controle de drones ucranianos
No decorrer de só um dia, o regime de Kiev perdeu mais de 200 militares, oito veículos, duas peças de artilharia de campo, oito equipes de morteiros e um depósito de munição. Putin afirmou que “os primeiros contatos com a nova administração dos EUA geram certas esperanças” e que os aliados russos como a China estão vendo estas conversas com o “pragmatismo” que a situação merece.
Por Humberto Azevedo
Militares russos do agrupamento de tropas Západ, em tradução livre significa “Oeste”, destruíram quatro estações de comunicação por satélite Starlink e 18 centros de comando de veículos aéreos não tripulados das Forças Armadas ucranianas, informou nesta quinta-feira, 27 de fevereiro, o chefe do centro de imprensa do agrupamento, Ivan Bigma.
As equipes de defesa aérea destruíram uma bomba aérea guiada Hammer e 11 drones do tipo aeronave, duas estações de guerra eletrônica Zajist-AF e Anklav e duas plataformas robóticas. De acordo com Bigma, no decorrer de um dia, o inimigo também perdeu mais de 200 militares, oito veículos, duas peças de artilharia de campo, oito equipes de morteiros e um depósito de munição de artilharia de campo.
“Com apoio da artilharia, sistemas pesados de lançadores de foguetes e aviação, melhoramos a posição tática, continuamos a avançar nas profundezas das defesas inimigas, derrotamos o pessoal e destruímos o equipamento de duas brigadas mecanizadas das Forças Armadas da Ucrânia, duas brigadas de Defesa Territorial e uma brigada da Guarda Nacional”, afirmou Ivan Bigma.
PALAVRA DE PUTIN
O presidente russo, Vladimir Putin, destacou na quinta-feira as ações do exército russo que levaram ao início das negociações entre Moscou e o Ocidente. Putin também destacou que foram os soldados russos “com sua coragem, com suas vitórias diárias (…) criaram as condições para o início de um diálogo sério, um diálogo sobre uma solução fundamental para a crise ucraniana e outras crises”.
“As mudanças dinâmicas que estão ocorrendo hoje no cenário internacional são, em grande parte, o resultado da coragem e da resiliência de nossas Forças Armadas, nossos heróis”, afirmou ele.
O presidente russo continuou enfatizando que se trata de criar “um sistema que realmente garanta o equilíbrio e a consideração mútua dos interesses do sistema indivisível de segurança europeia e global, e a longo prazo, quando a segurança de alguns não pode ser garantida às custas ou em detrimento da segurança de outros”.

Putin também garantiu que o mais importante para a Rússia é “defender firmemente nossos interesses nacionais, a soberania, a vida e a liberdade de nossos cidadãos contra qualquer ameaça”. “Certamente não às nossas custas, nem às custas da Rússia”, enfatizou.
MUDANÇA NAS RELAÇÕES COM EUA
Putin também comentou sobre as relações russo-estadunidense, dizendo que entende que “nem todos estão satisfeitos com a retomada dos contatos entre os EUA e a Rússia”.
“Algumas elites ocidentais ainda estão determinadas a manter a instabilidade no mundo. E essas forças tentarão interromper ou comprometer o diálogo que começou. (…) Devemos levar isso em conta e usar todas as capacidades dos serviços diplomáticos e especiais para frustrar essas tentativas”, acrescentou.
Putin afirmou que “os primeiros contatos com a nova administração dos EUA geram certas esperanças”.
“Há uma atitude recíproca para trabalhar na restauração das relações entre os países e na solução gradual do volume colossal de problemas sistêmicos e estratégicos acumulados na arquitetura global. Foram exatamente esses problemas que, em determinado momento, provocaram a crise ucraniana e outras crises regionais”, continuou.
O líder russo também enfatizou a importância de os atuais parceiros de Moscou “demonstrarem pragmatismo, uma visão realista das coisas e rejeitarem muitos dos estereótipos das chamadas regras ideológicas messiânicas e clichês de seus antecessores, que na verdade levaram à crise de todo o sistema de relações internacionais”.
“Vemos isso: a própria comunidade ocidental também começou a desmoronar por dentro. Prova disso são os problemas que afetam as economias de muitos países ocidentais e suas políticas internas”, observou.
Com informações da RT Brasil.