O tempo mais seco contribui para a propagação de queimadas no Distrito Federal
A pior seca registrada no Distrito Federal foi em 1963, com 163 dias sem chuva. Nesta quinta-feira, 3 de outubro, o DF chegou à este número, igualando a marca de pior seca da história.
Desta forma, a estação meteorológica do Plano Piloto não registra precipitações há mais de cinco meses, tornando a situação mais crítica que a vivida em 1963. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) precisa registrar precipitações nas áreas de estações meteorológicas.
Segundo a diretora de ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) Ane Alencar, a seca de 63 foi episódica, de um ano fora da curva, mas que agora estamos vivendo anos consecutivos de secas históricas, combinadas com ondas de calor.
“Nessa condição, o ano mais seco pode ser sempre o próximo”, afirma Alencar.
Neste ano de 2024, a umidade relativa do ar ficou 9 pontos abaixo em relação à estiagem de 1963. Com o tempo mais seco e mais quente, observa-se o aumento de mais queimadas.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no mês de setembro, foram registradas mais de 3 mil focos de queimadas, sendo um dos setembros mais incendiários da história.
O fogo queimou quase metade da área de preservação da Floresta Nacional de Brasília. Estão na Floresta Nacional nascentes que abastecem o sistema do Descoberto, que é responsável por cerca de 60% do fornecimento de água de Brasília.
