Com obras em expansão, corredor bioceânico gera esperança de futuro promissor aos empresários de MS
Empresários e cidadãos onde a “rota bioceânica” passará estão nas expectativas das oportunidades que serão abertas pelo encurtamento e facilitação das exportações e importações de produtos aos mercados asiático e países vizinhos.
Por Humberto Azevedo
Com as obras em andamento e o sonho da “Rota Bioceânica” cada vez mais perto, os empresários que moram no principal corredor bioceânico de Mato Grosso do Sul estão cheios de esperança para ampliar os investimentos, expandir os negócios e viver uma nova realidade econômica, que pode vir com exportação de produtos, turistas estrangeiros e geração de empregos.
Dentro do estado este corredor parte de Campo Grande por meio da BR-060 com destino Sidrolândia, Nioaque, Guia Lopes da Laguna, Jardim, até chegar em Porto Murtinho, pela rodovia BR-267. Lá segue a construção da ponte binacional, que liga o Brasil ao Paraguai, Argentina e portos chilenos, em direção ao Oceano Pacífico. A previsão é que ela fique pronta no primeiro semestre de 2026.
Porto Murtinho é a porta de entrada e saída da Rota Bioceânica. A cidade estratégica que liga Mato Grosso do Sul e o Brasil por este corredor que vai sair no Oceano Pacífico e encurtar o caminho aos mercados asiáticos. No local se concentra uma das principais obras deste projeto, que é a ponte binacional.
A estrutura financiada pela Itaipu Binacional, terá 1294 metros de comprimento e 29 metros de altura em relação ao leito do rio Paraguai. O seu orçamento é de aproximadamente R$ 485 milhões. Ela está sendo construída na fronteira entre Porto Murtinho e a cidade de Carmelo Peralta, no Paraguai. Neste momento mais de 65% dos trabalhos já foram concluídos.
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A expectativa é que fique pronta no primeiro semestre de 2026. São 400 homens trabalhando na estrutura. Os viadutos já foram finalizados e os pilares (implantados) já passaram de 60% tanto do lado brasileiro, como o paraguaio. Neste momento está sendo feito o balanço sucessivo da ponte de 350 metros, que é uma particularidade que diferencia a obra das demais. Este é um método de construção que consiste em avançar segmentos de concreto, chamados aduelas, até cobrir o vão necessário.
Na cidade também segue em andamento a obra de acesso à ponte binacional. Esta alça começa pela rodovia BR-267 até a entrada da ponte. Neste trecho serão pavimentados 13 km, dispondo ainda da construção de um centro aduaneiro, trabalho de terraplanagem e acesso elevado à estrutura binacional. O investimento será de R$ 472,4 milhões por parte da União, sendo a principal obra do lado brasileiro.
Com informações de assessoria.