China pede que EUA reflitam sobre sua hegemonia na América Latina e no Caribe, diz chancelaria chinesa
Macau serve como ponte de cooperação entre China e países de língua portuguesa, diz porta-voz chinês.
A China pediu aos Estados Unidos que reflitam sobre sua intimidação hegemônica e pilhagem de países em desenvolvimento na América Latina e no Caribe e parem de distorcer e difamar a China, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês nesta quinta-feira, 27 de março, Guo Jiakun.
O porta-voz Guo Jiakun fez as declarações em resposta às recentes observações do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na América Latina, onde afirmou que o investimento chinês constitui “comportamento predatório” e leva a uma dívida excessiva que os governos locais não podem pagar.
Os Estados Unidos espalham maliciosamente informações falsas com o objetivo de semear a discórdia entre a China e outros países, mas isso não terá sucesso, destacou Guo.
A China sempre observou os princípios de respeito mútuo, igualdade, benefícios mútuos, abertura, inclusão e cooperação ganha-ganha em sua cooperação de investimento com países ao redor do mundo, de acordo com Guo. A China respeita a vontade de todos os países relevantes, promove efetivamente o desenvolvimento econômico e a melhoria dos padrões de vida em outros países, e traz benefícios tangíveis para a população local desses países, acrescentou.
O chamado ônus da dívida não passa de um exagero, e as alegações relacionadas contra a China desconsideram os fatos. Quem exatamente está envolvido em coerção e pilhagem é evidente para todos, enfatizou Guo.
LÍNGUA PORTUGUESA
A Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) serve como uma ponte entre a China e os países de língua portuguesa, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, nesta quarta-feira, 26 de março.
O porta-voz Guo Jiakun fez as observações em resposta a uma pergunta sobre o papel de Macau nas relações sino-portuguesas em uma coletiva de imprensa regular, na sequência do segundo diálogo estratégico China-Portugal a nível de ministros das Relações Exteriores entre o chanceler chinês, Wang Yi, e Paulo Rangel, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal.
“A China e Portugal resolveram adequadamente a questão de Macau, dando um exemplo de resolução de questões do passado por meio de consultas amigáveis. Após o seu retorno, como o único local do mundo com chinês e português como línguas oficiais, a RAEM é uma importante plataforma para a promoção dos laços comerciais entre a China e os países de língua portuguesa. A região tem intercâmbios cada vez mais frequentes e aprofundados com Portugal e outros países de língua portuguesa”, observou Guo.
“Acreditamos que, com o forte apoio do governo central e da parte continental chinesa, a RAEM alavancará plenamente a vantagem institucional de “um país, dois sistemas”, reforçará a sua conectividade com a parte continental chinesa e com o mundo, servirá como uma ponte entre a China e os países de língua portuguesa, e ajudará a China e os países de língua portuguesa a alcançar maior progresso na cooperação no comércio, finanças, turismo e alta tecnologia, entre outros setores”, completou o porta-voz.
Informações Xinhua.