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Caiado é cotado para se candidatar à Presidência da República em 2026 e disputa com o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o espólio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível até o ano de 2030. (Foto: Zeca Ribeiro / Agência Câmara)

Caiado chama resolução feita pelo governo Lula para agilizar tramitação de projeto que renegocia dívida dos estados de “genérico”; proposta neste sentido ainda será apresentada

O governador de Goiás reclamou que a iniciativa do presidente Lula encaminhada ao Congresso não teve “objetividade” e não apresentou “nenhum detalhamento”; senador Paulo Paim saiu em defesa do governo e disse que a matéria será amplamente debatida pelo Legislativo.

 

Por Humberto Azevedo

 

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), chamou a resolução feita pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para agilizar a tramitação de projeto que renegocia dívida dos estados de “genérico”. A resolução já encaminhada ao Congresso Nacional tem como objetivo acelerar a proposta que renegocia a dívida dos entes federados com a União, que ainda será apresentada nos próximos dias pelo presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

 

A reclamação do governador goiano aconteceu após ele participar da reunião na manhã desta quarta-feira, 3 de julho, do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) da Presidência da República. Caiado classificou a iniciativa do presidente Lula encaminhada ao Congresso ainda dela não ter sido objetiva e também detalhada. “Foi muito assim geral, não teve nenhum detalhamento sobre o que acontece, como vai acontecer. Foi algo genérico. Entendeu?”, falou o governador de Goiás.

 

“Não teve nenhuma conclusão, nenhuma objetividade em termos os dados aqui e o que deveria acontecer. Só foi uma proposta lançada sem nenhum detalhamento do que aquilo vai produzir de resultado para nós. Simplesmente genérico, sem consequência”, comentou.

 

Indagado se a resolução apresentada pelo governo federal lhe agradaria, o gestor de Goiás voltou a afirmar que faltou a matéria ser mais elucidada aos governadores e prefeitos. “Está encaminhada [ao Congresso, mas] nós não sabemos em que nível. Não foi discutido. Simplesmente foi dito que foi encaminhado. Nós não tivemos conhecimento. Nós não participamos. Nós, simplesmente, estamos recebendo uma notícia”, complementou.

 

“Isso aí não resolveu nada. Só [foi apresentado] propostas genéricas. Vai fazer isso, vai negociar aqui. Vai ter um pacto climático. Olha, que vai ter que implementar os projetos para os municípios, enfim, genérico”, finalizou o governador goiano.

 

DEBATE NO LEGISLATIVO

 

Já o senador Paulo Paim (PT-RS) saiu em defesa do governo e disse que a matéria será amplamente debatida pelo Legislativo. “Aqui, na verdade, foi uma reunião em que o governo anunciou as propostas. Não tinha tempo aqui para discutir naturalmente a profundidade do projeto que ele falou”, disse.

 

“Da questão racial, a questão dos cuidadores, a questão da dívida dos estados, a questão das escolas. Foi um anúncio de programas e projetos que serão encaminhados ao Congresso. Inclusive, um deles, eu sou o relator lá. A esta questão que foi falada de que alguém disse que esperava um debate mais profundo, eu posso garantir que vai ter, porque nós no plenário do Senado haveremos de fazer também nas comissões. E aí em conjunto a Câmara, o Senado e o Executivo e, igualmente os governadores, [vamos] construir uma proposta, em média, que atenda a todos”, completou o senador petista do Rio Grande do Sul.

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