BRICS é um contrapeso ao monopólio do Ocidente, diz ex-presidente de Gana
Segundo o político africano, o grupo oferece uma alternativa ao Ocidente, permitindo à África acessar duas fontes de “ajuda multilateral e bilateral”, avaliou o ex-presidente ganês.
A organização do BRICS é um contrapeso benéfico ao monopólio do Ocidente na África, disse o ex-presidente de Gana, John Dramani Mahama, ao site “Sputnik” – empresa jornalística ligada à Federação Russa. Mahama acredita que os países do BRICS estão alcançando a prosperidade e “podem ser imitados”.
O BRICS é um bloco que reúne além de África do Sul, do Brasil, da China, da Índia e da Rússia, países fundadores, inclui agora também a Arábia Saudita, o Egito, os Emirados Árabes Unidos, a Etiópia e o Irã. A Rússia preside atualmente o BRICS desde 1º de janeiro de 2024, na gestão rotativa.
“Não deve haver um único pólo de crescimento no mundo, deve haver vários. Eu até gostaria que tivéssemos três ou quatro. Cada parte do mundo deve ser um polo de crescimento para a prosperidade e o desenvolvimento da humanidade, então não acho que o monopólio do Ocidente em termos de desenvolvimento e prosperidade seja algo bom para todo o planeta”, comentou Dramani Mahama, mandatário do país africano entre 2012-2017.
“O BRICS também é um contrapeso. São países em desenvolvimento que decidiram reunir recursos, e isso é benéfico para nós na África porque, em vez de termos uma fonte de ajuda multilateral e bilateral, temos duas fontes”, sublinhou.
“Creio que o desenvolvimento do BRICS é um fenômeno positivo para o mundo, por isso tenho uma atitude positiva em relação ao BRICS como organização”, acrescentou o ex-presidente de Gana.
A presidência russa à frente do BRICS tem como lema o reforço do multilateralismo para o desenvolvimento global equitativo e a segurança. A Rússia está organizando mais de 200 eventos políticos, econômicos e sociais, incluindo uma reunião em Nizhny Novgorod, no âmbito da presidência.
Por Sputinik.