Após operação da PF e afastamento de desembargadores, TJMS afirma que “não teve acesso aos autos e ao inteiro teor da decisão que motivou a ação”
Em nota, Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul afirma ainda que não dispõe “de subsídios suficientes para emitir qualquer declaração ou posicionamento sobre os fatos” ao qual magistrados são acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Por Humberto Azevedo
Após operação da Polícia Federal (PF) e afastamento de desembargadores, o Tribunal de Justiça do estado de Mato Grosso do Sul (TJMS) afirmou, em nota distribuída à imprensa, que ainda “não teve acesso aos autos e ao inteiro teor da decisão” do Superior Tribunal de Justiça (STJ) “que motivou a ação” e suspendeu por 180 dias cinco desembargadores do Poder Judiciário local, acusados de envolvimento num esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Na nota, o TJMS afirmou, ainda, que não dispõe “de subsídios suficientes para emitir qualquer declaração ou posicionamento sobre os fatos” ao qual os cinco magistrados são acusados e investigados. A operação denominada de “último ratio”, que contou com auxílio da Receita Federal, apura também servidores, advogados e empresários que teriam participados e se beneficiados do esquema de compra e venda de sentença judiciais. Ao todo, a PF cumpre na manhã desta quinta-feira 44 mandados de buscas e apreensão em Campo Grande (MS), em Brasília (DF), em São Paulo (SP) e em Cuiabá (MT).
“O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) informa ciência sobre operação deflagrada na manhã de hoje, 24 de outubro, nas dependências desta Corte. Até o presente momento, o TJMS não teve acesso aos autos e ao inteiro teor da decisão que motivou a ação. Em virtude disso, não dispomos de subsídios suficientes para emitir qualquer declaração ou posicionamento sobre os fatos. Reiteramos nosso compromisso com a transparência e a legalidade, e assim que tivermos mais informações, estaremos à disposição para atualizações. Agradecemos a compreensão de todos”, manifestou a assessoria de comunicação do TJMS.