Após Banco Central elevar em 0,5% taxa básica de juros, Hauly dispara: “os juros envergonham e empobrecem o Brasil”
Aliado do vice-presidente Geraldo Alckmin e considerado um dos “pais” da reforma tributária, o deputado paranaense do Podemos – que assumiu o mandato após o ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, ser cassado por ter fraudado a Lei da Ficha Limpa ao sair do MPF, em novembro de 2021.
Por Humberto Azevedo
Após o Comitê de política monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB) elevar na última quarta-feira, 6 de novembro, em 0,5% a taxa básica de juros, subindo o Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) de 10,75% para 11,25%, o deputado federal Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) disparou em suas redes digitais: “os juros envergonham e empobrecem o Brasil”.
Segundo ele, aliado do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), e considerado um dos “pais” da reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional já em sua fase de regulamentação, a mensagem postada nas suas plataformas cibernéticas foi “um recado direto ao Banco Central”. A decisão do Copom foi unânime e a justificativa, que oficialmente será divulgada na próxima semana, tem como objetivo conter a inflação.
Em nota, o BCB informou apenas que “o ambiente externo permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed [Banco Central americano]”.
“O Brasil não pode aceitar uma das maiores taxas de juros do mundo, que só empobrece a população e aumenta a dívida pública. Nossa economia tem uma das menores inflações, grande reserva cambial e dívida pública [menor, se] comparada com os países mais ricos que o Brasil. Não há justificativa para o povo brasileiro carregar esse peso em benefício do mercado financeiro. É hora de priorizar a nação e não os especuladores!”, exclamou o parlamentar paranaense.
O deputado Luiz Carlos Hauly assumiu o mandato após o ex-procurador que comandou a operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, ser cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ter fraudado a “Lei da Ficha Limpa” ao sair do Ministério Público Federal (MPF), em novembro de 2021, para se candidatar nas eleições de 2022.