Geraldo Resende classifica novo plano safra para a agricultura empresarial como “gol de placa” do presidente Lula
O tucano sul-mato-grossense afirmou, ainda, que é preciso “acionar as bandeiras brancas” para que tanto o governo federal, quanto os representantes dos ruralistas, distensionem as relações institucionais. “Vamos despolitizar situações que não precisam da política ideológica”, comentou.
Por Humberto Azevedo
O deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS) classificou o novo plano safra do governo federal destinado para a agricultura empresarial, que atende grandes e médios produtores e proprietários rurais, como um verdadeiro “gol de placa” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesta última quarta-feira, 3 de julho, o governo Lula III anunciou que os financiamentos para a safra, que será plantada neste ano e colhida em 2025, será de R$ 400,59 bilhões.
“Acho muito importante. Acho que o presidente marca um gol de placa ao anunciar. Havia uma expectativa e esta expectativa, logicamente, eu acho que vai deixar todo o setor bastante eufórico para que nós possamos continuar crescendo no país. [É preciso] comemorar. 400 bilhões de recursos que vão ser disponibilizados para o setor que mais cresce no país”, iniciou ao destacar que o montante oferecido pelo novo plano safra é superior em R$ 36 bilhões ao investido no biênio 2023/2024.
“O setor que alavanca a economia do Brasil, que é importante – por exemplo – para o meu estado e para todos os estados das regiões sul, sudeste, centro-oeste, e, agora, nas regiões Norte e chegando ao Nordeste brasileiro. Eu acho que é muito importante à medida que dá segurança para que cada vez mais eles consigam investir, ampliar e produzir não só para o Brasil, alimentos, [mas] para o mundo. E onde nós damos show para todo o planeta”, complementou.
BANDEIRA BRANCA
Em entrevista exclusiva ao portal de notícias RDMNews, o tucano sul-mato-grossense afirmou, ainda, que é preciso “acionar as bandeiras brancas” para que tanto o governo federal, quanto os representantes dos ruralistas, precisam distensionar e melhorar as relações institucionais entre ambos. A declaração de Resende ocorreu após ser perguntado sobre a ausência, na cerimônia de lançamento do plano safra, da cúpula da Frente Parlamentar de apoio à Agropecuária (FPA) no Congresso Nacional e também dos principais dirigentes que comandam a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
“Isso nada ajuda. Eu acho que nós temos que distensionar. Tanto o governo federal, através do presidente da República, quanto essas entidades que representam o setor produtivo [como] a Frente Parlamentar da Agricultura e também a própria Confederação Nacional da Agricultura. Nós precisamos distensionar. Acionar as bandeiras brancas porque isso é o que contribui para que cada um de nós possamos construir o país que todos nós sonhamos”, emendou.
“Vamos despolitizar situações que não precisam da política ideológica. Precisamos política de fomento para que a gente continue crescendo e podendo contribuir para aquilo que o Brasil está vocacionado: ser o celeiro do mundo”, pediu o tucano sul-mato-grossense que acompanhou a solenidade realizada no Palácio do Planalto ao lado do governador daquele estado, Eduardo Riedel (PSDB).