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Levantamento realizado pela “AG Immigration” com o número de imigrantes ilegais oriundos do Brasil que tentaram chegar aos EUA desde 2021. (Divulgação / AG AG Immigration)

Imigração ilegal de brasileiros para os EUA cresce 19,3% em 2024

Brasil respondeu pelo sétimo maior crescimento em flagrantes na fronteira americana entre janeiro e abril deste ano.

 

A quantidade de brasileiros flagrados tentando entrar ilegalmente nos Estados Unidos da América (EUA) subiu 19,3% nos quatro primeiros meses de 2024 em comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, as autoridades americanas registraram 12284 encontros com imigrantes do Brasil. O total de brasileiros que tentaram atravessar a fronteira ilegalmente representa 1,2% aproximadamente do número total de imigrantes que tentam morar naquele país sem visto oficial de trabalho.

 

Encontro é um termo usado pela imigração dos EUA para se referir a dois tipos distintos de eventos: a apreensão, que acontece quando os imigrantes são levados sob custódia ou liberados para aguardar julgamento; e a expulsão, quando eles são imediatamente devolvidos para seu país de origem ou último país de trânsito.

 

Os números são de um levantamento do escritório de advocacia especializado em green cards, “AG Immigration”, com base em informações do serviço de alfândega e proteção de fronteiras dos EUA. De acordo com Leda Oliveira, diretora da “AG Immigration”, muitos brasileiros ainda tentam entrar nos EUA em busca de asilo, sem saber, porém, que dificilmente são elegíveis ao benefício.

 

Trata-se também do maior volume de registros para o período desde o primeiro quadrimestre de 2021, quando 14.413 brasileiros haviam sido flagrados atravessando ilegalmente a fronteira americana – a maioria, pela divisa com o México. De acordo com os dados, o Brasil foi o 17º país que mais teve cidadãos apanhados na fronteira dos EUA entre janeiro e abril de 2024. A lista é liderada por México (253 mil), Haiti (87 mil), Cuba (82 mil) e Venezuela (75 mil). 

 

“O pleiteante a asilo precisa comprovar um medo crível de não poder retornar a seu país de origem em razão de perseguição ou violência. Não é algo que geralmente se aplica ao contexto do Brasil, até porque a maioria dessas pessoas sai por vontade própria, atrás de melhores oportunidades”, diz.

 

Leda explica, porém, que alguns imigrantes detidos na fronteira, em vez de serem expulsos dos EUA, recebem uma autorização provisória para que aguardem a audiência de deportação em um tribunal de imigração. 

 

“Muitas vezes, essa data acaba sendo marcada para daqui vários meses, mais de um ano. Nesse meio tempo, a pessoa está em um limbo imigratório: ela pode ficar no país, mas não pode trabalhar. No entanto, para muitas pessoas, estar nos EUA é o que basta para elas, que mesmo sem permissão acabam achando algum emprego. E assim ela fica aqui, na esperança de nunca ser encontrada ou busca auxílio advocatício para regularizar a sua situação, o que nem sempre é possível”, complementou.

 

NÚMEROS

 

De acordo com o levantamento da “AG Immigration”, considerando-se todas as nacionalidades, foram registrados 992,6 mil flagrantes na fronteira dos EUA entre janeiro e abril, um avanço de 3,5% em relação ao período anterior, até então o recorde para o período. Abaixo, segue a lista dos países com cidadãos mais flagrados tentando entrar ilegalmente na fronteira dos EUA entre janeiro e abril deste ano.

 

    México: 253.346

    Haiti: 82.977

    Cuba: 81.191

    Venezuela: 75.399

    Guatemala: 72.650

    Equador: 51.691

    Colômbia: 46.120

    Honduras: 39.817

    Nicarágua: 37.306

    Índia: 26.180

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