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Emanuel Pinheiro Neto discursa na CAPADR para fazer a defesa do governo Lula dos ataques e acusações que os parlamentares bolsonaristas recorrentemente vem fazendo. (Foto: TV Câmara)

“Se tem alguém que valoriza o agronegócio é o governo Lula”, afirma Emanuel Pinheiro

Emedebista mato-grossense afirmou, ainda, que os parlamentares bolsonaristas “estão querendo criar uma cortina de fumaça de uma realidade que não existe neste país”; declaração aconteceu nesta última quarta na audiência promovida pela CAPADR que ouviu o ministro Carlos Fávaro.

 

Por Humberto Azevedo

 

O deputado Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT) afirmou nesta última quarta-feira, 19 de junho, durante a audiência pública que a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) promoveu para ouvir o ministro da Agricultura e Pecuária e senador licenciado Carlos Fávaro (PSD-MT) sobre estoques públicos e a necessidade de importação de arroz, que “se tem alguém que valoriza o agronegócio é o governo Lula”.

 

A declaração do emedebista mato-grossense aconteceu após vários parlamentares como o do ex-presidente da Frente Parlamentar de Apoio à Agropecuária (FPA), Alceu Moreira (MDB-RS), do atual presidente da FPA – deputado Pedro Lupion (União Brasil-PR), e demais deputados bolsonaristas e ligados à oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como Giovani Cherini (PL-RS), José Medeiros (PL-MT), Luiz Meira (PL-PE), Marcel van Hatten (Novo-RS) e Luciano Zucco (PL-RS) fazerem declarações depreciativas, acusações e ataques ao atual governo federal.

 

“Estão querendo criar uma cortina de fumaça de uma realidade que não existe neste país. Se tem aqui alguém que valoriza o agronegócio e entende isso como uma estratégia de governo, especialmente em relação à importância do agronegócio, na estabilização do câmbio, via atração de divisas por método de exportação é o governo Lula e começou com essa visão lá atrás. Lula I, Lula II e continua, agora, no Lula III”, falou o parlamentar que é também vice-líder do governo Lula na Câmara dos Deputados.

 

“Algumas coisas que vi aqui, de certa forma, indignado e quase sem acreditar devido a desconexão com a realidade com as afirmações de que o governo do presidente Lula é contra o agronegócio. Como é que o governo do presidente Lula poderia ser contra o agronegócio, se foi o presidente Lula que criou o Plano safra?”, perguntou.

 

HISTÓRICO

 

Emanuel Pinheiro Neto lançou mão, ainda, da sua argumentação para ilustrar com um registro histórico da importância dos governos anteriores do presidente Lula para o setor agropecuário. Ele destacou o valor de R$ 364 bilhões destinados pelo governo Lula, atual, para incentivar a produção de grãos e demais commodities do meio rural.

 

De acordo com o emedebista, o orçamento do último Plano Safra anunciado pelo governo federal “corresponde a mais que o orçamento da saúde e da educação, juntos”. E, segundo ele, isso significou “um crescimento maior de 27%” em relação ao último Plano Safra entregue pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL). 

 

“Como é que o governo do presidente Lula poderia ser contra o agronegócio se no auge da crise de 2008, ele renegociou via MP mais de 90 bilhões das dívidas dos produtores brasileiros? Como é que poderia ser contra o agro, no Lula III mesmo, pela liderança do ministro Fávaro se criou o maior Plano Safra da história deste país em valores nominais e em valores reais? Eu só gostaria de entender onde é que está aqui [o governo Lula] contra o agro?”, ilustrou questionando novamente.

 

FEX

Por fim, o emedebista ressaltou que foi o presidente Lula que criou o Auxílio Financeiro de Fomento às Exportações (FEX) para compensar as perdas de receita em que a maioria das prefeituras e estados vinham tendo com o surgimento da Lei Kandir em 1996.

 

“Foi o presidente Lula, que quando da discussão em virtude da perda de arrecadação de estados e municípios [consequentes] da Lei Kandir, criou o auxílio ao fundo de exportação que é o FEX para compensar estados e municípios sem precisar mexer na Lei Kandir, e assim pudesse manter o incentivo a produtos e bens primários. Eu gostaria de entender essas alegações que fazem, até de certa forma, com uma agressividade e não gostaria de utilizar a palavra covarde, mas injustamente dura ao ministro Fávaro, que tem buscado fazer todo o diálogo necessário”, se expressou.

 

“Agora, quando houve esse problema do arroz, a própria Conab, na presença do [seu] presidente Edegar [Pretto], foi quem anunciou junto com o ministro o cancelamento do leilão e a remessa de todos os documentos para a Polícia Federal investigar. O ministro Paulo Teixeira [do Desenvolvimento Agrário – MDA] – estão perguntando aí onde está o ministro Paulo Teixeira? Ele já até anunciou data que vai vir aqui para prestar esclarecimentos. O Edegar, teve um compromisso ontem [18] em relação ao Rio Grande do Sul, mas se colocou, também, à disposição também para vir aqui quando precisar”, finalizou.

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