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Líder do governo, Jaques Wagner, conversa com o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), durante sessão da CAE desta terça que agendou para amanhã encontro dos senadores do colegiado com o ministro Fernando Haddad sobre a MP 1227. (Foto: Saulo Cruz / Agência Senado)

“A gente vai ter que separar legitimamente quem está defendendo o seu direito de quem eventualmente exacerbou neste direito”, afirma Jaques Wagner sobre “ruídos” na MP 1227

O líder do governo no Senado afirmou, ainda, aos senadores da comissão de assuntos econômicos que o ministro Fernando Haddad explicará “de bom grado” matéria que causou forte reação dos setores produtivos.

 

Por Humberto Azevedo

 

O líder do governo Lula III, no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), afirmou na manhã desta terça-feira, 11 de junho, que “a gente vai ter que separar legitimamente quem está defendendo o seu direito de quem eventualmente exacerbou neste direito”, sobre os “ruídos” que a Medida Provisória (MP) 1227 editada na última semana vem causado em diversos setores da economia.

 

Na oportunidade, Wagner afirmou, ainda, aos senadores da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicará “de bom grado” a matéria que “causou forte reação dos setores produtivos” como falou a ex-ministra da Agricultura na gestão do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), senadora Tereza Cristina (PP-MS). Cristina se somou ao senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição e ex-ministro da Integração Nacional e Desenvolvimento Regional de Bolsonaro, que apresentou requerimento solicitando a presença de Haddad no colegiado para explicar os motivos da publicação da referida MP.

 

“Eu sei do chamado ruído da [MP] 1227. Vi ontem (10 de junho) o presidente [do Sendo, Rodrigo] Pacheco com o presidente da República, com o ministro [Fernando] Haddad. Tivemos uma conversa. Já tive várias conversas com o presidente da CNI [Confederação Nacional da Indústria] e outros segmentos da economia. Eu queria fazer uma sugestão, que se fosse possível, porque eu acho que é premente e a disposição do ministro Haddad é total para fazer isso. Então, eu não posso só dar o horário porque eu preciso consultá-lo, mas eu acredito que ele viria de bom grado a essa comissão hoje, amanhã”, falou o líder governista.

 

“Por que o que ele [Haddad] mais está fazendo é tentando explicar o que eventualmente não foi compreendido. Eu acho que a gente vai ter que separar legitimamente quem está defendendo o seu direito de quem eventualmente exacerbou neste direito, que é o objeto”, complementou o senador petista da Bahia.

 

“[Esse] é um assunto que está movimentando o setor produtivo brasileiro. Existe aí uma revolta pela maneira com que a Medida Provisória chegou a esta Casa e o que ela traz no seu bojo, que é um confisco, na verdade, no direito do setor produtivo brasileiro quando você não pode compensar o PIS/Cofins [Programa de Integração Social / Contribuição para financiamento da seguridade social]. Era preciso o presidente [Rodrigo] Pacheco devolver esta Medida Provisória. Mas eu acho que somos uma Casa do diálogo. Então, vamos aguardar”, comentou a senadora sul-mato-grossense Tereza Cristina.

 

“Dado a pertinência, a tempestividade e a importância do tema, precisamos ouvir o ministro Haddad”, completou o líder oposicionista Rogério Marinho. A audiência pública da CAE com o ministro da Fazenda está prevista para acontecer às 14 horas desta quarta-feira, 12 de junho, no plenário do colegiado.

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