“Segurança cibernética eficiente depende da colaboração de todos”, diz Juscelino Filho em seminário do G20 realizado em São Luís
O ministro das Comunicações do governo Lula III abriu evento nesta segunda-feira, 10 de junho, que discute economia e segurança nos espaços digitais; o evento contou com a participação de representantes das 20 maiores economias do planeta.
Por Humberto Azevedo
O ministro das Comunicações do governo Lula III, deputado federal licenciado Juscelino Filho (União Brasil-MA), afirmou nesta segunda-feira, 10 de junho, na abertura do “Seminário sobre Segurança na Economia Digital”, que é necessária uma união entre todos os países integrantes do G20 que reúne as 20 maiores economias do planeta, a discussão das questões envolvendo a segurança cibernética.
“É uma questão que afeta tudo e todos, embora poucos percebam a sua importância, e menos ainda tenham um plano para enfrentar os seus desafios. A maioria, seja empresas ou pessoas, só desenvolve planos de cibersegurança após acidentes graves ou perdas financeiras substanciais. E a única forma de abordar a segurança cibernética de forma eficiente e eficaz é através da cooperação que envolva todas as partes interessadas afetadas”, avaliou Juscelino.
O seminário conta com representantes da União Europeia, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Reino Unido, Índia e Arábia Saudita. O evento, organizado pelo Ministério das Comunicações e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República do Brasil (GSI), antecede a 3ª Reunião do Grupo de Trabalho de Economia Digital (DEWG, em inglês) do G20, que acontece de terça-feira, 11 de unho, a quinta-feira, 13 de junho, em São Luís, no Maranhão.
No discurso de abertura do seminário, Juscelino Filho afirmou ainda que o Brasil tem avançado nesse tema: “O governo brasileiro, consciente de suas responsabilidades, vem desenvolvendo o arcabouço jurídico e institucional para fazer frente aos desafios da segurança cibernética. Os avanços são significativos. O Brasil conseguiu alcançar melhores posições nos rankings internacionais graças aos esforços da sociedade que vem percebendo cada vez mais a importância da segurança cibernética para a vitalidade e a saúde da vida conectada”, destacou.
O ministro afirmou também que “cibersegurança ainda não é uma noção universalmente definida”, o que prejudica um ordenamento internacional mínimo capaz de proteger governos, empresas e pessoas.
“As suas diversas dimensões e implicações são largamente ignoradas pelo público em geral, o que dificulta o combate ao delito cibernético. Nesse sentido, não poderia deixar de mencionar o compromisso do Brasil com os processos de negociação internacional do tema nas Nações Unidas, no âmbito do UN GGE (grupo de especialistas governamentais das Nações Unidas para o avanço do comportamento responsável dos Estados no ciberespaço no contexto da segurança internacional) e a defesa de um mecanismo permanente no âmbito da Assembleia Geral da ONU para a segurança digital”, ressaltou.
RESPONSABILIDADE CONJUNTA
O ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República do Brasil, Marcos Antonio Amaro dos Santos, disse que a segurança digital é uma responsabilidade conjunta que requer a união dos esforços de todos os setores da sociedade.
“Esse evento será importante para o fortalecimento da cooperação e para a construção de confiança entre os membros do G20 e os convidados dos diversos setores aqui representados. O intercâmbio de conhecimento e experiências pode impulsionar o desenvolvimento de uma economia digital mais segura, com a devida gestão dos riscos e a mitigação das ameaças inerentes ao mundo digital. Será um compartilhamento de experiências bem-sucedidas e fundamentais para fortalecer nossas capacidades institucionais e normativas”, detalhou.
DIRIGENTE ESTRANGEIROS
Além de técnicos do Ministério das Comunicações e do GSI, autoridades do Estado e do município de São Luís, especialistas de universidades e de diversas organizações, participaram do seminário também, nesta terça, representantes do G20.
Entre os participantes estrangeiros, estão Liina Areng, diretora do projeto de segurança cibernética da União Europeia (EU CyberNet); Jeremy West, chefe de Segurança e Proteção Digital da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE); Craig Stanley-Adamson, chefe de Estratégia Multilateral do Departamento de Ciência, Inovação e Tecnologia do Reino Unido; Rajesh Kumar, chefe da delegação da Índia no G20; Santiago Paz, especialista sênior do Setor de Cibersegurança do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); e Ibrahim Alfuraih, consultor da Arábia Saudita.