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Inovação no setor elétrico é tema de discussão entre instituições de educação superior de MT e poder público em Cuiabá

Por Everaldo Galdino  

Representantes de instituições de ensino superior  de MT  e poder público   participaram do workshop intitulado “Inovação no setor elétrico: o papel das universidades de ensino superior”, que ocorreu na manhã desta segunda-feira (5) em Cuiabá.  

O evento foi realizado no auditório da concessionária Energisa, localizado no bairro Bandeirantes. Cerca de 300 pessoas estavam no  local, entre  empresários do ramos de energia,  lideranças, professores, estudantes e convidados. 

“Quando a gente fala em inovação, país como o Brasil  e o estado como Mato Grosso,  são exemplos de crescimento acelerado que lembra a palavra produtividade. Você precisa de produtividade para ter crescimento eficiente. Isso está associado à tecnologia e inovação. Então, esse conceito que buscamos aqui. Para que as  empresas busquem  melhorias em produtividade, com o uso de tecnologia, e por meio da inovação, a fim de  atingirmos  os nossos objetivos”,  disse o diretor-presidente da Energisa, Gabriel  Pereira Júnior, que na ocasião, informou sobre os avanços  da rede elétrica no  território mato-grossense.  “ Só para se ter uma ideia,  há   300 quilômetros  de  rede elétrica, distribuídos aos 142 municípios do estado. “É um desafio gigante!  Somente  no ano passado, tivemos um crescimento de 4 mil quilômetros de rede no estado”, completou.

Na oportunidade, o senador  Wellington Fagundes (PL-MT), ao dar boas vindas aos convidados do workshop,  entre eles,  o senador  Marcelo Castro (MDB- PI), presidente da Comissão Técnica de Energia, Petróleo e Gás (Frenlogi) e presidente da Comissão de Desenvolvimento no Congresso, e demais autoridades e representantes de instituições, destacou a importância da participação das universidades  mato-grossenses  e dos parceiros do evento.

“É importante esse evento porque estamos com as nossas universidades, como a Universidade  Federal de Mato Grosso (UFMT),  a Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) e a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).   O objetivo é discutir o tema proposto. Todos sabem que o Marcelo Castro é  um dos senadores  mais importantes do Congresso Nacional. Ele foi o autor da PEC da Transição e é presidente da Comissão de Educação… Importante dizer que  que o Brasil  pode ter hoje,  investimentos, principalmente   na educação,  infraestrutura e outras áreas”.  

Para o senador Jayme Campos (União) levantou um dos assuntos  da discussão, pontuando sobre a  tarifa  de energia elétrica aos participantes.

“Debater a questão da tarifa Brasil, além da energia renovável que é muito importante, como a eólica, a biomassa, etc. Pois o Brasil tem um problema muito sério. Temos a agência reguladora no estado, que está representada aqui.  Temos uma verdadeira caixa preta, Gabriel (direcionado ao presidente da Energisa).  E volto a repetir: fui membro da Comissão de Infraestrutura, como membro  titular. Então,  temos que abrir essa caixa preta! O que ocorre?”, questionou. 

Segundo o senador, Mato Grosso tem uma grande deficiência, pois está  exportando mais  energia e não consegue atender  às  demandas no estado. Ele  exemplificou o  município  de Sorriso,  que quer verticalizar a ‘agroindustrialização’. “Se você for ao campo, você vai ver a necessidade”, completou. 

“As taxas das tarifas são muito ruins.  Outro dia  participei de uma reunião da comissão de Infraestrutura, onde ouvi de vários diretores de órgãos  públicos  e empresas concessionárias, dizendo  que temos  energia  em abundância no Brasil.  Isso me deixou intrigado. Isso é uma grande mentira!  Como que está sobrando energia e não para de subir o valor da tarifa? Por que não baixar as tarifas?  Aneel tem que  ser de fato  uma agência reguladora que precisa fiscalizar”, acrescentou a autoridade do Senado Federal, que exemplificou um caso de  um cidadão mato-grossense que chegou a pagar  o valor de R$600, referente ao  consumo  de energia residencial. 

Para o professor e reitor da UFMT, Evandro Soares da Silva, ao falar da importância do debate, propõe crescimento ao setor social.  

“Em primeiro lugar, Mato Grosso tem grande pujança ao crescimento econômico e também há uma necessidade de crescer o setor social.  Para se ter isso, é necessário ter o desenvolvimento tecnológico, melhores e mais  empregos. Nesse intuito,  a energia elétrica é fundamental. Então, esse evento, além de trazer questões técnicas e específicas na área de transmissão e distribuição de energia, traz uma discussão estratégica e política, para que possa nortear as ofertas de energias, tarifas  ao desenvolvimento do estado”, afirmou. 

Representando o governador Mauro |Mendes (União), o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, ao ser questionado  como a administração estadual está lidando com a questão de alguns  pontos do estado sofrerem com  a falta de energia, respondeu:  

“Essa questão do estado de Mato Grosso ser exportador de energia não significa que não temos problemas. Por isso, a importância desse workshop. Parabenizo a iniciativa do senador Wellington Fagundes, que preside a Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura no Congresso,  que possibilitou  reunir a Energisa e as universidades, a fim de buscar soluções  viáveis economicamente.  Nós precisamos de muita energia  barata com segurança e qualidade para o estado.  Porque isso tem sido gargalos para o desenvolvimento”, disse a autoridade estadual, que falar  que o setor energético teve progresso   nos  últimos anos, mas que precisa melhorar, para receber novos  investimentos. 

Participaram também do workshop: os deputados estaduais Carlos Avallone e Janaína Riva, representando a Assembleia Legislativa de MT; o  diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Ricardo Tili;  Heinsten Frederich Leal dos Santos, representando  a UFR , além da reitora da Unemat, Vera Lucia da Rocha Maquêa e do superintendente da Codevasf, Marcelo Castro Filho. 

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