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A “Sustainable Business” da COP-30 foi lançada em evento na CNI, para mobilizar o setor privado a contribuir com estratégias sustentáveis. (Foto: Isabela Castilho / Secom-COP-30)

Iniciativa da CNI quer engajar setor produtivo nos debates da COP-30

Entidade quer uma integração e engajamento das empresas e instituições nacionais e internacionais para fortalecer a participação do setor produtivo nas discussões da conferência sobre mudanças climáticas, que acontecerá em Belém do Pará, em novembro, e impulsionar soluções sustentáveis.

 

Por Humberto Azevedo

 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) anunciou a criação da “Sustainable Business” junto a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (SB COP-30), uma iniciativa que reunirá empresas e instituições nacionais e internacionais para organizar e fortalecer a participação do setor produtivo nas discussões da COP-30, que será realizada em novembro deste ano em Belém, no Pará.

 

O objetivo da SB COP-30 é mobilizar o setor privado para contribuir com recomendações estratégicas voltadas ao desenvolvimento sustentável e à redução das emissões de gases de efeito estufa, consolidando um espaço de representatividade empresarial semelhante ao que já ocorre nos encontros de cúpula das 20 maiores economias do planeta (G20) e nos fóruns do BRICS, que reúnem governos e empresas do África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Emirados Árabes Unidos, Egito, Etiópia, Rússia, Índia, Indonésia, Irã. 

 

Participaram do evento de lançamento o presidente da COP-30, o embaixador André Corrêa do Lago, o secretário-extraordinário para a Conferência, Valter Correia, o governador do Pará, Helder Barbalho, o presidente da CNI, Ricardo Alban, e o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDICS), Márcio Rosa. 

 

Alban avaliou que a COP-30 representa uma grande oportunidade para o Brasil mostrar  liderança na agenda climática global. Para avançar em temas como financiamento climático, descarbonização e transição energética, é essencial o engajamento do setor produtivo. Assim como impulsionar soluções sustentáveis, reduzir emissões e fortalecer a economia de baixo carbono.

 

“A SB COP-30 surge como um mecanismo global que visa a impulsionar compromissos sustentáveis, conectando negócios que investem na economia de baixo carbono e apresentando soluções inovadoras para os desafios climáticos”, destacou o dirigente da CNI.

 

VITRINE

 

André Corrêa do Lago ressaltou que a Conferência será uma oportunidade única para o Brasil mostrar ao mundo seu potencial na agenda climática. O embaixador destacou ainda a importância de conectar as negociações climáticas com a vida real.

 

“A COP-30 é uma ocasião extraordinária para unir o país e mostrar a relevância do Brasil internacionalmente. Queremos que o mundo conheça os exemplos de sucesso do setor privado brasileiro no combate às mudanças climáticas. (…) Precisamos mostrar que combater as mudanças climáticas é bom para os negócios e para a qualidade de vida das populações. A implementação do Acordo de Paris é crucial e o Brasil tem muito a contribuir, especialmente na bioeconomia e na transição energética”, disse o presidente da COP-30.  

 

Já o secretário-extraordinário da COP-30, Valter Correia, falou sobre as ações para garantir infraestrutura para a realização da COP-30, em novembro. Representando o ministro da Casa Civil, Rui Costa, Valteir Correia também salientou que um dos principais temas da conferência será o financiamento climático; por isso o engajamento do setor privado é imprescindível nas discussões e na implementação das decisões tomadas pelos governos nas negociações.

 

“Já fizemos bastante coisa em Belém. O trabalho de montagem da COP-30 está em pleno vigor. Apesar de todos os esforços e problemas, estamos numa situação bastante exitosa com relação à infraestrutura, embora tenhamos ainda muito problemas para resolver. Fazer a COP no coração da Amazônia tem simbolismo e importância que superam vários problemas e dificuldades e, eventualmente, a própria conjuntura geopolítca”, disse.

 

PARADIGMAS

 

Já o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), enfatizou a importância da COP-30 para a Amazônia e para o Brasil. Barbalho destacou iniciativas como a bioeconomia, o mercado de carbono e o restauro florestal como exemplos de como o Pará está liderando a transição para uma economia verde. 

 

“A COP30 em Belém, no coração da Amazônia, é uma oportunidade para consolidar um novo paradigma nas relações multissetoriais e multilaterais. O setor produtivo brasileiro, seja na indústria, no agronegócio, na pecuária ou na mineração, tem um papel fundamental nessa agenda. (…) O Pará está à frente na implementação de novas economias baseadas na natureza, como a bioeconomia e o mercado de carbono. Estamos concessionando áreas públicas para restauro florestal, gerando empregos e atração de investimentos privados”, disse o gestor paraense.

 

SUSTENTABILIDADE

 

O presidente da CNI reforçou o compromisso do setor produtivo com a sustentabilidade e reconheceu ainda a importância de criar um espaço formal para a participação do setor privado nas discussões climáticas, inspirado no modelo do B20, fórum empresarial do G20. 

 

“O setor produtivo no Brasil e nas grandes economias têm um compromisso efetivo com a sustentabilidade. Quem não quer associar sua imagem à reciclagem e ao meio ambiente? Todos. Mas, além disso, temos uma consciência muito profunda. Como representantes do setor, temos a obrigação de externar essa preocupação e esse compromisso”, afirmou.  

 

“Precisamos de algo mais formal, racional e estruturado, como o B20 em relação ao G20. Daí surgiu a ideia da SB COP30, que foi endossada pelo nosso embaixador e por todos os parceiros envolvidos”, explicou. 

 

Com informações de assessoria.

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