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Transporte de carga geral por ferrovias no Brasil bate recorde em 2024. (Foto: Marcio Ferreira / Secom-MTransp)

Transporte de carga nas ferrovias alcança o maior volume em 2024

Dados mostram que mais de 150 milhões de toneladas úteis foram transportadas, superando o recorde que era do ano anterior, 2023. O ministro Renan Filho aponta que o desenvolvimento do setor é prioridade para o governo federal.

 

Por Humberto Azevedo

 

A produção ferroviária de carga geral no Brasil atingiu um novo marco em 2024. Ao todo foram 150 milhões de toneladas úteis transportadas no período, superando o recorde anterior registrado em 2023, o maior dos últimos 19 anos e medido desde 1997. No consolidado – carga geral e minério de ferro – as ferrovias transportaram mais de 540 milhões de toneladas úteis, um crescimento de 1,83%, a maior dos últimos seis anos.

 

Os dados são da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) e reforçam o papel estratégico das ferrovias na logística brasileira. Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, esse resultado se deve ao trabalho do governo federal em ampliar a participação do modal ferroviário na matriz de transportes, reduzindo a dependência das rodovias e aumentando a segurança e a eficiência do escoamento de cargas. Os números deverão aumentar com o lançamento do Plano Nacional de Ferrovias. 

 

O minério de ferro seguiu como principal produto transportado, totalizando 390 milhões de toneladas úteis em 2024. Entre as cargas com maior crescimento no período, destacaram-se a celulose, com alta de 26,4%, o açúcar, com avanço de 15,8%, e os contêineres, que registraram um aumento de 8,73%. Para o secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, o setor vive um ambiente real de expansão, tornando-se cada vez mais atrativo para investidores.

 

Renan Filho destaca o papel do governo federal em reduzir o papel das rodovias no país. (Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil)

 

“Estamos implementando um portfólio normativo para fortalecer a política pública ferroviária. O Plano Nacional de Ferrovias não é apenas uma carteira de projetos, mas um modelo inovador de amadurecimento institucional e regulatório”, afirmou o secretário Leonardo Ribeiro.

 

Entre as recentes iniciativas do governo federal para impulsionar o setor estão a regulamentação do chamamento público por meio da resolução de número 6.058 da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). Além de contar com a definição de novos procedimentos de cálculo indenizatório de patrimônio ferroviário através da Instrução Normativa (IN) , de número 1 de 2025, do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT).

 

Para a acompanhar a estruturação de projetos, o Ministério dos Transportes criou uma comissão permanente. A portaria 532, que dispõe das diretrizes para a prorrogação antecipada das concessões, também vem sendo utilizada pela pasta ministerial para garantir maior previsibilidade e segurança jurídica aos investimentos. 

 

PRINCIPAIS OBRAS FERROVIÁRIAS

 

Abaixo seguem as principais obras do Ministério dos Transportes que estão em andamento.

 

Gráfico mostra a evolução do transporte de cargas no setor ferroviário desde 1997. (Foto: Arte / Secom-MTransp.)

 

– Ministério dos Transportes sela entendimento com a Vale que vai injetar R$ 17 bilhões em investimentos na infraestrutura brasileira;

 

– Liberação de R$ 3,6 bilhões para Transnordestina (Eliseu Martins (PI) ao Porto de Pecém (CE);

 

– Ministério dos Transportes volta a aportar recursos em trecho pernambucano da Transnordestina;

 

– Retomadas audiências públicas da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA);

 

– Inauguração do terminal rodoferroviário em Alvorada (TO): a estrutura vai possibilitar o transporte de até 5 mil toneladas de grãos diariamente;

 

– Entrega de adequações ferroviárias (DNIT): Viaduto e ponte em Conselheiro Lafaiete (MG);

 

– Entrega de adequações ferroviárias (DNIT): Viaduto Roza Cabinda em Juiz de Fora (MG);

 

– Retomada de investimentos: VLI Multimodal S.A. (antiga Valor da Logística Integrada) adquire lote de 12 locomotivas para atender demanda da FCA;

 

– Assinatura do acordo para construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Campina Grande, na Paraíba;

 

– Cessão de área para Araraquara (SP) por meio do Marco Legal de Ferrovias, para obras de combate a enchentes;

 

– Aditivo da Rumo garante a otimização do contrato de concessão da Malha Paulista: O novo aditivo ainda traz medidas contratuais que ampliam o investimento na própria malha e em outras malhas de interesse da administração pública a serem incluídas no Plano Nacional de Ferrovias. A previsão é de que sejam investidos R$ 600 milhões na própria Malha Paulista;

 

– A Fiol 2 – trecho compreendido entre as cidades baianas de Barreiras e Caetité — é uma obra pública, coordenada pela Infra S.A., com prazo para conclusão em 2027. Ao todo, 70% das obras foram concluídas. O valor de investimento no Novo PAC é de cerca R$ 3,1 bilhões.

 

Com informações de assessoria.

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