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Em nota emitida pelo Ministério do Comércio chinês, o governo do gigante país asiático se opôs nesta terça-feira, 25 de fevereiro, à inclusão pela UE de empresas e indivíduos chineses no pacote de sanções contra Rússia. (Foto: Xie Huanchi / Xinhua)

Xi disse que laços bilaterais mostram que China e Rússia são bons vizinhos e amigos verdadeiros

A China está feliz em ver a Rússia e as partes relevantes efetuarem esforços positivos para atenuar a crise na Ucrânia, disse o presidente chinês.

 

O presidente chinês, Xi Jinping, disse nesta segunda-feira que a história e a realidade mostram que a China e a Rússia são bons vizinhos que não podem ser afastados e verdadeiros amigos que compartilham o bem e o mal, apoiam-se mutuamente e alcançam o desenvolvimento comum. Ele fez as observações ao conversar por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, a pedido deste último.

 

Xi disse que os dois líderes tiveram uma reunião por vídeo antes da Festa da Primavera chinesa, durante a qual fizeram planos para o desenvolvimento das relações China-Rússia ao longo do ano e fortaleceram a coordenação em uma série de principais questões internacionais e regionais. Vários departamentos de ambos os países estão avançando firmemente na cooperação em todos os campos de acordo com o consenso alcançado pelos dois líderes, incluindo a realização de atividades para comemorar o 80º aniversário da vitória da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e o 80º aniversário da vitória da Guerra Mundial Antifascista, disse Xi.

 

Xi disse que os laços China-Rússia desfrutam de forte força motriz interna e valor estratégico único, acrescentando que o relacionamento não visa terceiros nem seria influenciado por terceiros. As estratégias de desenvolvimento e as políticas externas da China e da Rússia visam longo prazo, disse ele. Apesar das mudanças na situação internacional, as relações China-Rússia prosseguirão com tranquilidade, o que ajudará no desenvolvimento e revitalização de cada lado e injetará estabilidade e energia positiva nas relações internacionais, disse ele.

 

Xi enfatizou que no início da escalada geral da crise na Ucrânia, ele apresentou os “quatro deveres” e outras propostas básicas para resolver a crise. Em setembro do ano passado, a China e o Brasil, juntamente com alguns países do Sul Global, criaram o Grupo de Amigos pela Paz sobre a crise na Ucrânia para criar uma atmosfera e acumular condições para promover a solução política da crise, observou Xi. A China está feliz em ver a Rússia e as partes relevantes efetuarem esforços positivos para atenuar a crise na Ucrânia, disse ele. Os dois lados concordaram em continuar a manter a comunicação e a coordenação por vários meios.

 

Por sua vez, Putin disse que a Rússia atribui importância significativa às suas relações com a China e espera manter intercâmbios de alto nível com a China no novo ano, aprofundando a cooperação prática e comemorando em conjunto o 80º aniversário da vitória da Guerra Mundial Antifascista e da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa. Desenvolver relações com a China é uma escolha estratégica feita pela Rússia com uma perspectiva de longo prazo, em vez de uma medida conveniente, disse Putin, acrescentando que a estratégia não está sujeita a nenhuma tendência temporária ou interferência externa.

 

Nas circunstâncias atuais, manter uma comunicação próxima entre a Rússia e a China se alinha com o espírito de sua parceria estratégica abrangente de coordenação para uma nova era e enviará um sinal positivo de seu papel estabilizador em assuntos internacionais, disse Putin. Putin também informou sobre os últimos contatos Rússia-EUA e a posição da Rússia sobre a crise na Ucrânia, dizendo que a Rússia está comprometida em eliminar as causas profundas do conflito e alcançar uma solução de paz sustentável e duradoura.

 

OPOSIÇÃO A SANÇÕES

 

O Ministério do Comércio da China declarou nesta terça-feira que a decisão da União Europeia (UE) de incluir várias empresas e indivíduos chineses em seu 16º pacote de sanções contra a Rússia terá um impacto negativo nos laços comerciais bilaterais. O movimento da UE foi contrário ao consenso alcançado entre os líderes de ambos os lados, disse um porta-voz do ministério, pedindo que a UE pare de listar empresas e indivíduos chineses e pare de difamar e transferir a culpa para a China. A China sempre se opõe às sanções unilaterais que não têm base no direito internacional e não são autorizadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, observou o porta-voz. A China acredita com firmeza que o diálogo e as negociações são as únicas maneiras viáveis para resolver a crise da Ucrânia, e sempre apoia negociações de paz, afirmou o porta-voz, também ressaltando que a China tomará medidas necessárias para salvaguardar resolutamente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas.

 

CANADÁ

 

A prática do Canadá de sancionar entidades chinesas é irracional e muito errada, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, em uma coletiva de imprensa regular na terça-feira.  “A China se opõe firmemente a isso e fez representações solenes ao lado canadense”, disse Lin quando perguntado sobre o anúncio do Canadá de que havia imposto sanções a 76 entidades e indivíduos estrangeiros por fornecerem itens de uso duplo à Rússia, incluindo mais de 20 entidades chinesas. “A China sempre se opõe às sanções unilaterais que não têm base no direito internacional e não são autorizadas pelo Conselho de Segurança da ONU”, acrescentou Lin.

 

“A China sempre manteve uma posição objetiva e imparcial sobre a questão da Ucrânia”, disse Lin, acrescentando que a China está comprometida em promover a solução política da crise, nunca fornecendo armas letais às partes em conflito, controlando rigorosamente a exportação de itens de uso duplo e seu alcance. Além disso, medidas para o controle de exportação de drones são os mais rigorosos do mundo. “Como outros países, a China conduz uma cooperação econômica e comercial normal com a Rússia com base na igualdade e no benefício mútuo, o que é razoável e irrepreensível”, disse Lin. A China pede ao Canadá que revogue imediatamente sua decisão equivocada. A China tomará as medidas necessárias para proteger firmemente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas, acrescentou Lin.

 

Informações da Agência Xinhua.

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