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A resenha do BB aponta para o crescimento econômico sul-mato-grossense, em especial no volume industrial. (Foto: Álvaro Rezende / Secom-MS)

Estudo do BB e “Consultoria Tendências” feita pelo Estadão apontam MS como primeiro de seus rankings em crescimento econômico no país

Dividindo o PIB total por setores, a projeção de crescimento do PIB agropecuário de Mato Grosso do Sul é de 11,7%, também o maior do país, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 11,4%. A média nacional nesse setor é de 6%.

 

Por Humberto Azevedo

 

Um estudo do Banco do Brasil (BB) intitulado de “Resenha Regional” e a “Consultoria Tendências” feita pelo jornal O Estado de S. Paulo apontam o estado de Mato Grosso do Sul (MS) como o primeiro de seus rankings em crescimento econômico no país. De acordo com a assessoria do governo estadual, MS lidera as principais projeções divulgadas até o momento sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 entre os estados brasileiros.

 

Tanto o estudo do BB, quanto o ranking da “Consultoria Tendências” do Estadão colocam MS como primeiro colocado entre os 26 estados e o Distrito Federal (DF). O agronegócio deve ser a principal alavanca desse panorama. Dividindo o PIB total por setores, a projeção de crescimento do PIB agropecuário de Mato Grosso do Sul é de 11,7%, também o maior do país, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 11,4%. A média nacional nesse setor é de 6%, quase metade do índice sul-mato-grossense.

 

O ranking da “Tendências” tem à frente nomes como o ex-presidente do Banco Central do Brasil (BCB), Gustavo Loyola, na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e o ex-ministro da Fazenda na gestão do ex-presidente José Sarney (PMDB), Maílson da Nóbrega, aponta crescimento de 4,4% para Mato Grosso do Sul, quase 1 ponto percentual à frente do segundo colocado Mato Grosso, que tem previsão de 3,7%.

 

Com uma safra de grãos que em 2004/2025, pode alcançar o recorde de 322,25 milhões de toneladas, o Centro-Oeste deve puxar a economia nacional, após as lavouras locais serem prejudicadas pelo fenômeno climático “El Niño”. Pelo menos é que afirma o ranking do Estadão. Assim como, a média de crescimento da região deve ser de 2,8%, contra 1,8% do Sul, 1,6% do Sudeste, 2% do Nordeste e 2,7% da região Norte.

 

Já no início de janeiro, o BB divulgou em seu relatório revisado, reelaborado pelo setor de assessoramento econômico do banco e que traz as perspectivas “do que esperar para as regiões brasileiras em 2025?”.

 

“Entre os estados de produção mais expressiva, contemplando as duas safras, o crescimento é esperado com mais intensidade no Mato Grosso do Sul (32,9%), Rio Grande do Sul (20,8%) e Rondônia (22,4%). Na outra direção, Mato Grosso, maior produtor nacional, deve apresentar recuo na produção (6,4%) impactado pelo recuo no rendimento médio (-6,4%), especialmente da 2ª safra”, destaca o trecho da resenha ao falar sobre o volume da produção.

 

CELULOSE

 

Outro setor que ganha expressão é a indústria de papel e celulose, que já tem R$ 105 bilhões em investimentos anunciados no Brasil até 2028, sendo mais de 70% deles destinados para o Mato Grosso do Sul – R$ 75 bilhões, conforme dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

 

A resenha do BB aponta tais investimentos também como fomentadores essenciais para o crescimento econômico sul-mato-grossense, em especial no volume industrial.

 

“Com abertura de novas fábricas, ampliação das plantas já existentes e obras de infraestrutura logística para escoamento da produção e traz boas expectativas no âmbito regional”, diz um trecho do estudo.

 

MOTOR

 

Nos últimos seis anos o PIB dobrou em MS, puxado pelo agronegócio, agroindustrialização e pela chegada de grandes empreendimentos no setor de florestas e celulose. Com condições climáticas favoráveis, a agricultura deve se consolidar ainda mais como um dos principais motores econômicos da região.

 

O agronegócio deve ser a principal alavanca de acordo com o ranking “Tendências” produzido pelo jornal O Estado de S. Paulo. (Foto: Edemir Rodrigues / Secom-MS)

 

Dentro desse cenário positivo, o estado se destaca nas projeções de crescimento e, além do agronegócio, outros setores também devem impulsionar o desenvolvimento regional, como a indústria alimentícia e de serviços, que deve se beneficiar com a expansão do agro.

 

De acordo com a coordenadora de estatística e economia da secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Bruna Dias, o ciclo de investimentos e a expansão da agroindústria têm gerado impactos significativos no mercado de trabalho, aumentando a ocupação e promovendo o crescimento da renda média da população.

 

“O rendimento médio mensal real da população residente passou de R$ 2.561 em 2015 para R$ 3.035 em 2023, demonstrando aumento consistente da renda. Na indústria, a remuneração real média também acompanhou essa evolução, crescendo de R$ 3.025,64 em 2015 para R$ 3.547,95 em 2023”, comenta Bruna.

 

“Esse avanço da renda média amplia a base de consumo de produtos mais elaborados e serviços de maior valor agregado, incentivando a industrialização e a diversificação econômica. Como vetor importante de desenvolvimento econômico e social, esse processo gera impactos positivos em diversas áreas, consolidando Mato Grosso do Sul como um polo em crescimento”, conclui completando a explicação.

 

Com informações de assessoria.

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