Lula lamenta morte da artista e escritora Marina Colasanti
Em nota, o presidente do Brasil afirma que o país “perdeu a múltipla artista”, que ao longo de sua carreira foi jornalista e tradutora, que recebeu diversas premiações nacionais e internacionais.
Por Humberto Azevedo
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lamentou no começo da tarde desta terça-feira, 28 de janeiro, a morte da artista e escritora Marina Colasanti, que faleceu aos 88 anos. Em nota, o presidente brasileiro afirmou que o país “perdeu a múltipla artista”, que ao longo de sua carreira foi ainda jornalista e tradutora, e que recebeu diversas premiações nacionais e internacionais.
Nascida em 26 de setembro de 1937, na cidade de Asmara, na Eritreia, África, Marina Colasanti escreveu contos, poemas, ensaios e crônicas. Já na juventude, nos anos 50, mudou-se para o Brasil, onde estudou na Escola Nacional de Belas Artes, foi colunista de alguns periódicos e trabalhou como entrevistadora e apresentadora de programas televisivos.
“Nesta terça-feira, 28 de janeiro, o Brasil perdeu a múltipla artista Marina Colasanti. Entre contos, poesias, crônicas e livros infanto-juvenis, construiu uma obra literária que cativou diferentes gerações de brasileiros de todas as idades. Ao longo de sua trajetória, Colasanti atuou como escritora, contista, jornalista, tradutora e artista plástica. Ela se consolidou como uma das mais importantes profissionais da literatura nacional contemporânea, com um legado de mais de 70 obras. Recebeu diversos prêmios literários, como o Jabuti, um dos mais importantes do Brasil, em que foi contemplada sete vezes em diversas categorias. Meus sentimentos aos familiares, amigos e admiradores de Marina Colasanti”, manifestou-se o presidente.
BIOGRAFIA
Além de escrever livros de sucesso para o público infantojuvenil. Suas obras são caracterizadas pela presença de protagonistas femininas, realismo fantástico, crítica social e elementos referentes aos contos de fadas. Com uma carreira literária bem-sucedida, Colasanti recebeu vários prêmios literários.
De 1952 a 1956, estudou na Escola Nacional de Belas Artes. Começou a trabalhar no Jornal do Brasil, em 1962. Ali, foi redatora, cronista, ilustradora, além de ser editora do Caderno Infantil. Em 1968, publicou seu primeiro livro, Eu sozinha. Já em 1971, se casou com o também escritor e jornalista Affonso Romano de Sant’Anna.
No ano de 1974, apresentou o noticiário “Primeira Mão”, da “TV Rio”. Dois anos depois, apresentou o programa “Os Mágicos”, da “TV Educativa”, e também se tornou editora da revista “Nova”. Em 1986, foi cronista da revista “Manchete”. Entre 1985 e 1988, foi apresentadora do programa “Sábado Forte”, da “TVE”.
No início dos anos 1990, foi entrevistadora dos programas “Sexo Indiscreto”, da “TV Rio”, “Olho por Olho”, da “TV Tupi”, e “Imagens da Itália”, da “TVE”. Entre os muitos prêmios que recebeu estão os concedidos pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), da Fundação Nacional para o Livro-Infantil e Juvenil (FNILJ), e “Jabuti” concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL).