Presente no fórum econômico mundial, Alexandre Silveira destaca que “combustível do futuro” consolida Brasil como referência nos biocombustíveis
Durante participação do evento que reúne os principais líderes empresariais e políticos do planeta em Davos, na Suíça, o ministro de Minas e Energia ressaltou o potencial brasileiro em liderar mundialmente a transição energética dos combustíveis poluentes para os com baixa ou zero emissão de CO2.
Por Humberto Azevedo
Presente no fórum econômico mundial, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que a legislação brasileira, que traça estratégias e metas para o uso em massa de combustíveis com baixa ou zero emissão de gás carbônico (CO2), apelidado de “combustível do futuro”, consolida o Brasil como referência nos biocombustíveis.
Durante participação do evento que reúne os principais líderes empresariais e políticos do planeta em Davos, na Suíça, Silveira ressaltou o potencial brasileiro em liderar mundialmente a transição energética dos combustíveis poluentes para os com baixa ou zero emissão de CO2. Segundo ele, a lei do “combustível do futuro” ganhou destaque no fórum econômico mundial, em reunião com os principais representantes do setor de energia que participam do encontro que acontece até a próxima quinta-feira, 24 de janeiro.
O ministro participou do painel de debates “Environmental Economic Factor – Integrating the Socioeconomic Benefit of Biofuels”. Durante a sua fala, Alexandre Silveira apresentou, nesta quarta-feira, 22 de janeiro, às perspectivas do Brasil a partir do marco legal aprovado em 2024. A agenda faz parte da série de compromissos oficiais em que Silveira representa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no encontro de negócios planetário.
A expectativa do ministro é atrair os “olhares do mundo” para o Brasil como o grande líder na corrida para a transição energética. Durante os debates realizados no stand do governo brasileiro no fórum, Silveira ressaltou que os resultados que o país vem alcançando dentro da meta de descarbonização em 2024, quando deixou de emitir 38,78 milhões de toneladas de CO2 cumprindo a meta estabelecida em 2023 instituída pela resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Em 2024, com a emissão de 42,44 milhões de créditos de carbono, o mesmo valor equivalente deixou de ser emitido na atmosfera, gerando assim R$ 3,9 bilhões em valor financeiro. Para avançar nessa pauta, o país conta com ações que miram a expansão dos biocombustíveis na matriz energética, em novos percentuais de mistura de biodiesel e etanol no transporte terrestre, na decarbonização do setor aéreo a partir do uso do combustível sustentável de aviação, na ampliação da produção e consumo do biometano, entre outras medidas.
“O Brasil deu um passo imenso no ciclo virtuoso da descarbonização: nós aprovamos a Lei do Combustível do Futuro. Essa cadeia terá que ser valorada no mundo e os prêmios verdes devem ser pagos pelos países desenvolvidos, trazendo retorno a essa cadeia sinérgica que envolve agronegócio, agricultura familiar e geração de energia”, comentou Alexandre Silveira.
BOAS PRÁTICAS
Durante o painel, o diretor de governança, meio ambiente e social (ESG, sigla em inglês) da Latin America da Accenture, Felipe Bottini, destacou que cada litro de biodiesel produzido gera quatro vezes mais de retorno para a economia brasileira do que o diesel fóssil, chegando a 13,3 vezes mais, se observados fatores ambientais.
Já o dirigente da empresa “Be8”, Erasmo Batistela, destacou a importância das políticas públicas brasileiras no impulsionamento dos biocombustíveis aprovadas em 2024. Segundo ele, afirmou que os biocombustíveis geram mais retorno para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil do que os combustíveis fósseis.
Batistela destacou ainda a força do Brasil na imensa e vasta pluralidade de matrizes energéticas. “Os biocombustíveis no Brasil geram emprego, renda e descarbonização”, emendou.
Com informações de assessoria.