Após decisão de Trump em retirar EUA da OMS e por fim a contribuição de R$ 3 bi, organismo lamenta
Em nota oficial, a entidade afirmou que cumpre um papel importante e fundamental na ajuda de cidadãos do mundo e também aos norte-americanos para a proteção da saúde e no enfrentamento de doenças.
Por Humberto Azevedo
Após a decisão do velho-novo presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, retirar o seu país como membro da Organização Mundial de Saúde (OMS) e por fim a uma contribuição de mais de R$ 3 bilhões, o organismo – que é a agência especializada na área da saúde da Organização das Nações Unidas (ONU), lamentou.
Em nota oficial, a entidade afirmou que cumpre um papel importante e fundamental na ajuda de cidadãos de todo o mundo e também aos norte-americanos para a proteção da saúde e no enfrentamento de doenças. Em sua justificativa, Trump alegou que “a OMS nos roubou” e que “isso não vai acontecer mais”
“OMS comenta anúncio dos Estados Unidos sobre intenção de retirada. A Organização Mundial da Saúde lamenta o anúncio de que os Estados Unidos da América pretendem se retirar da Organização. A OMS desempenha um papel crucial na proteção da saúde e da segurança das pessoas no mundo, incluindo os americanos, abordando as causas básicas das doenças, construindo sistemas de saúde mais fortes e detectando, prevenindo e respondendo a emergências de saúde, incluindo surtos de doenças, muitas vezes em lugares perigosos onde outras pessoas não podem ir”, inicia a nota da OMS.
“Os Estados Unidos foram um membro fundador da OMS em 1948 e têm participado da formação e governança do trabalho da OMS desde então, juntamente com outros 193 Estados-membros, inclusive por meio de sua participação ativa na Assembleia Mundial da Saúde e no Conselho Executivo. Por mais de sete décadas, a OMS e os EUA salvaram inúmeras vidas e protegeram os americanos e todas as pessoas de ameaças à saúde. Juntos, acabamos com a varíola e, juntos, levamos a poliomielite à beira da erradicação. As instituições americanas contribuíram e se beneficiaram da filiação à OMS”, continua a nota da OMS.
“Com a participação dos Estados Unidos e de outros estados-membros, a OMS implementou, nos últimos sete anos, o maior conjunto de reformas de sua história, para transformar nossa responsabilidade, custo-efetividade e impacto nos países. Este trabalho continua. Esperamos que os Estados Unidos reconsiderem e estamos ansiosos para nos envolver em um diálogo construtivo para manter a parceria entre os EUA e a OMS, em benefício da saúde e do bem-estar de milhões de pessoas ao redor do mundo”, finaliza a nota institucional da OMS que não assinada pelo diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Grebreysus.