Exploração de óleo e gás na foz do Amazonas impulsionará extremo Norte do Brasil, aponta Waldez Góes
De acordo com o ministro do Desenvolvimento da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), a sua pasta e a Petrobras avançam na parceria que promete impulsionar o desenvolvimento regional por meio da exploração da margem equatorial situada na faixa litorânea que abrange o Amapá ao Rio Grande do Norte.
Por Humberto Azevedo
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Waldez Góes, afirmou que a exploração de óleo e gás na foz do rio Amazonas irá impulsionar o desenvolvimento da região do extremo-norte do Brasil. A declaração aconteceu durante um encontro que teve com o representante da Petrobras, Giles Azevedo, para articular a exploração de petróleo e gás natural na margem equatorial.
Situada na faixa litorânea que vai do estado do Amapá até o Rio Grande do Norte, a margem equatorial é a próxima fronteira da exploração petrolífera nas camadas do Pré-Sal. A reunião entre o ministro e o representante da Petrobras contou com as presenças dos titulares das secretarias vinculadas ao MIDR, que foram designadas para tratar sobre a parceria que promete impulsionar o desenvolvimento regional.
O objetivo do encontro foi entender os principais desafios atuais e de que forma a Petrobras poderá atuar, junto com o MIDR, nas questões que envolvem a exploração do gás e petróleo, e nas políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial.
“Coordenamos uma reunião para que tenhamos um desdobramento de várias agendas, tanto em relação ao meio ambiente, à questão social e econômica, de conhecimento e de preparação de pessoas para atuarem futuramente nessa cadeia produtiva”, explicou o ministro.
SÉRIE DE AÇÕES
A partir dessa parceria, o objetivo será promover uma série de ações que vão trabalhar com projetos sociais de capacitação para fazer uma mudança em toda a região e levar investimento. Para o ministro, o Brasil terá uma das grandes contribuições no processo de desenvolvimento da margem equatorial com transversalidade na indústria e na energia.
“Considerar cada ator desse processo é fundamental. Desde as comunidades tradicionais, dos municípios, daqueles que empreendem, que querem participar do processo de desenvolvimento até os agentes políticos que tomam suas decisões, são levados em consideração pela Petrobras e pelo MIDR. (…) Isso será fruto dessa futura frente que a Petrobras irá abrir ali na região Norte do Amapá, a 540 quilômetros da foz do Amazonas”, pontuou Waldez Góes.
DESENVOLVIMENTO AMAZÔNIA
Para garantir que a exploração petrolífera da região se traduza no desenvolvimento da Amazônia, um dos grandes lançamentos previstos para esse ano, é o programa “Desenvolve Amazônia”, que terá como um dos seus eixos de atuação a exploração na mineralógica da área.
De acordo com Góes, os encontros estão servindo para alinhar e antecipar o planejamento dessa ação.
“O Desenvolve Amazônia tem a prospecção de que todas as vocações, seja gás, petróleo, mineração, floresta ou pescado, sejam consideradas e agregadas no processo de desenvolvimento, bem como na distribuição de riquezas e na melhoria da qualidade de vida”, comentou o ministro.
“Sua exploração, uma vez autorizada, requer, desde o dia de hoje, uma série de providências e de preparação, além de já estar gerando uma série de oportunidades. Isso será uma agenda permanente aqui no ministério”, reforçou Waldez.
INVESTIMENTOS AMPLOS
Conforme salientou o assessor especial da presidência da Petrobras, Giles Azevedo, a estatal investirá na região não apenas visando a cadeia do petróleo e gás. Giles Azevedo também ressaltou que a atuação com a comunidade já começou.
“Nós valorizamos as riquezas regionais, como tem na floresta e na costa. A gente valoriza e ajuda a consolidar atividades econômicas que já são características da região e de forma sustentável. Temos que, na verdade, preparar a região para receber esses investimentos que não são poucos. A região requer um cuidado especial por causa da sua biodiversidade e comunidades tradicionais”, esclarece o assessor.
“Nós estamos integrando o MIDR, que tem um Plano Nacional de Desenvolvimento Regional para a Amazônia. Logo, as políticas da Petrobras têm que se encaixar e aderir a esse Plano Nacional de Desenvolvimento Regional”, pontua. “E é esse o objetivo da nossa reunião com o ministro: fazer essa aderência e começar a trabalhar junto para poder preparar a região para receber esse novo fluxo de investimentos”, concluiu.
POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO
A secretária nacional de políticas de Desenvolvimento Regional e territorial, Adriana Melo, também esteve presente na reunião desta terça-feira e destacou a ligação entre os projetos da pasta com as ações da Petrobras.
“Diversos programas de desenvolvimento do MIDR dialogam com essa perspectiva de dinamização de setores a partir da exploração do petróleo e gás como, por exemplo, o desenvolvimento produtivo com as Rotas de Integração Nacional, a rota do pescado, da madeira, da mandioca, da economia circular, etc. Temos, também, oportunidades interessantes com o programa Cidades Intermediadoras, que elegeu a região imediata do Oiapoque como uma prioridade no estado do Amapá. Nessa região, serão construídas, junto aos novos prefeitos, agendas bienais de desenvolvimento”, avalia a gestora.
Com informações de assessoria.