Rotas de Integração Nacional já beneficiam mais de 70 mil produtores
Programa do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional promove crescimento econômico, inclusão produtiva e melhoria na infraestrutura.
Por Humberto Azevedo
Presente em 1249 municípios de 18 das 27 unidades federativas do Brasil, o programa “Rotas de Integração Nacional”, promovido pela Secretaria nacional de políticas de Desenvolvimento Regional e territorial (SDR), vinculada ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), já beneficia mais de 70 mil produtores e deve avançar em 2025.
As cadeias trabalhadas dentro das “Rotas de Integração” promovem a inclusão produtiva desde que foi criado em 2015. O Rotas organiza a produção, estimula o cooperativismo e o associativismo, trabalha com assistência técnica e com o beneficiamento dessa produção de modo a agregar valor e gerar maior renda para o produtor.
“São 77 pólos territoriais que envolvem um conjunto de municípios em todas as regiões do país. Os resultados das Rotas já são visíveis e, de fato, elas conseguem transformar vidas e aproveitar uma coisa que o Brasil tem: as potencialidades regionais”, comenta a secretária Adriana Melo.
“Se formos considerar, por exemplo, a avicultura caipira no Nordeste, ela está presente em boa parte das famílias, especialmente nas comunidades rurais. Só que essa produção, muitas vezes, não é considerada, inclusive nos censos, e existe um alto grau de informalidade”, aponta a dirigente da SDR.
EXEMPLOS
Como exemplos de sucesso dessa iniciativa, a secretária cita à “Rota do Mel”, produto esse que já trabalha com exportação.
“Utilizando como exemplo uma das Rotas mais recentes, a da mandioca, sabemos que o Brasil tem um altíssimo potencial na produção desse insumo em todas as regiões do país. O programa, por sua vez, visa organizar essa produção e fomentar o cooperativismo, que é uma frente bastante importante que a gente vem buscando valorizar ainda mais desde o ano passado. Agora, em 2025, a meta é ter mais fôlego e força para continuar nesse caminho”, complementa Adriana Melo.
“O mel produzido por comunidades locais, hoje já atinge mercados internacionais”, comenta. Mas esse não foi o único produto a demonstrar bons resultados. “Em Altamira, no Pará, o cacau já atinge mercados internacionais com chocolate. E nós temos também grandes potenciais com açaí, com pescado e com cordeiro, com uma gama de setores produtivos. São 13 setores produtivos apoiados com as rotas de integração e com potenciais gigantescos de exportação”, avalia a titular da SDR.
CIDADES INTERMEDIADORAS
A representante do ministro Waldez Góes abordou ainda o mais recente lançamento da SDR, o programa “Cidades Intermediadoras”, cuja resolução foi publicada em dezembro de 2024. A iniciativa tem como objetivo promover a descentralização do crescimento econômico e social do país.
O programa pretende diminuir a pressão nas metrópoles e capitais brasileiras, promovendo a ativação em rede das cidades que se conectam no território, como intermediadoras de bens e serviços públicos.
“Estruturar uma rede de cidades de forma a interiorizar o processo de desenvolvimento no nosso país que, hoje, é bastante concentrado no litoral. (…) Em torno dessas regiões, serão formatadas e construídas agendas de desenvolvimento que envolvem tanto a parte de infraestrutura, e desenvolvimento produtivo, quanto fortalecimento de capacidades dos entes federados”, explica a secretária.
OBJETIVO
O objetivo é montar uma rede de cidades mais equilibrada no território nacional, fortalecendo sub-regiões que estão, muitas vezes, interiorizadas, para que seja possível prestar o melhor serviço à população.
“Queremos fazer com que os municípios que compõem essa região gerem receitas próprias, diminuam a dependência dos fundos de participação municipais e consigam capitanear processos produtivos para que a gente consiga induzir processos de desenvolvimento mais autônomos, mais sustentáveis e para além das capitais brasileiras”, completou esclarecendo que esse é um programa do MIDR tem investido com força quando se trata de construção de agendas de desenvolvimento dessas cidades.
Com informações de assessoria.