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Uma das últimas fotos do fotógrafo mineiro Flávio Castro de Sousa, que estava desaparecido em Paris desde 26 de novembro e que teve a confirmação na data desta sexta-feira, 10 de janeiro, após exame de DNA, de que um corpo localizado no rio Sena no último dia 4 de janeiro é dele. (Foto: Reprodução / Redes Digitais)

Pacheco emite nota de pesar, após autoridades franceses confirmarem que corpo localizado no último dia 4 é de fotógrafo mineiro, que estava desaparecido desde novembro

De férias e fora do Brasil, o senador mineiro que preside o Senado até o próximo 31 de janeiro foi informado da confirmação pelos policiais franceses pelo MRE. Situação que levou ao óbito do fotógrafo continua misteriosa.

 

Por Humberto Azevedo

 

O ainda presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), emitiu nesta sexta-feira uma nota de pesar, após autoridades franceses confirmarem que o corpo localizado em Paris no último dia 4 de janeiro é de fotógrafo mineiro, Flávio Castro de Sousa, que estava desaparecido desde 26 de novembro.

 

De férias e fora do Brasil, o senador mineiro que preside o Senado Federal até o próximo 31 de janeiro foi informado da confirmação do óbito de Castro pelos policiais franceses após ser notificado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE). A situação que levou ao óbito do fotógrafo continua misteriosa.

 

No último dia 4, coincidentemente quando foi encontrado um corpo no rio Sena, a polícia nacional francesa acabara de confirmar o recebimento da notificação oficial feita pela diretoria de cooperação em segurança internacional da Polícia Federal (PF), com objetivo de auxiliar na cooperação pelas buscas do fotógrafo, dado então como desaparecido.

 

Mas, devido à privacidade determinada por leis francesas, o computador e o telefone celular do fotógrafo foram entregues às autoridades brasileiras para que a PF pudesse buscar pistas sobre o paradeiro do mineiro, cujo desaparecimento vinha mobilizando amigos e familiares nas ruas da capital francesa e também nas redes digitais.

 

“Consternado com a confirmação, nesta sexta-feira (10), de que o corpo localizado no dia 4 deste mês, em Paris, é do fotógrafo mineiro Flávio de Castro Sousa, desaparecido desde novembro do ano passado. Meus sentimentos aos familiares e amigos neste momento tão doloroso. Agradeço às autoridades brasileiras envolvidas na operação que se desenrolou, após o sumiço de Flávio, e também às autoridades francesas”, manifestou Rodrigo Pacheco

 

ENTENDA O CASO

 

Flávio desembarcou em Paris na data de 1° de novembro para fotografar o casamento de uma amiga brasileira no dia 4 de novembro. O trabalho foi realizado em parceria com seu sócio Lucien Esteban, que voltou à Minas Gerais no dia 8 de novembro, onde ambos gerenciam a empresa Toujours Fotografia.

 

Já Flávio, apaixonado por Paris e pela cultura francesa – da qual falava a língua fluentemente e colecionava amigos na cidade – se organizou para permanecer mais algumas semanas com voo de retorno ao Brasil na data de 26 de novembro, dia em que caiu no rio Sena. Conforme relatos, o acidente teria sido a poucos metros da torre Eiffel.

 

Após a queda no rio, Flávio teria sido retirado da água com ajuda de estranhos e logo após atendido no hospital Georges Pompidou, próximo do local. O fotógrafo foi atendido na unidade médica com hipotermia e teve alta por volta do meio-dia, registro confirmado pelo amigo de longa data que mora em Paris, Rafa Basso, e se colocou à disposição da polícia nas investigações, além de realizar grande mobilização nas redes.

 

Aparentemente consciente, Flávio teria pedido a extensão de um dia a mais no apartamento alugado na 7 rue des Reculettes no 13° distrito, perto da Praça de Itália. Investigações da polícia francesa mostraram que câmeras de segurança captaram a imagem de Flávio próxima ao rio, andando sozinho e desorientado, até se sentar próximo à água. Minutos depois, quando a câmera retorna ao local, o fotógrafo não é mais visto.

 

O check-in do voo de volta, pela empresa aérea Latam, foi realizado no dia anterior, mas o embarque do mineiro jamais ocorreu. No dia 28 de dezembro, Basso anunciou que se afastaria das buscas por Flávio e que acreditava que o fotógrafo teria desaparecido por escolha própria.

 

“Considerando o local, não se descarta a possibilidade que ele tenha caído no Sena novamente. O caso permanece aberto, e as buscas continuam sendo realizadas”, disse Rafael Basso. 

 

Já neste ano, uma prima de Flávio que foi para a França gravou um vídeo em seu perfil nas redes digitais para contar o que ficou sabendo até então.

 

“De onde o Flávio passou foram analisadas as câmeras perto daquele restaurante onde foi encontrado o celular dele. E foi verificado que foi o próprio Flávio [é] que deixou o celular no vaso de plantas. Posteriormente, ele se direcionou para uma das margens do Rio Sena. (…) Lá ele permaneceu por um período de tempo que eu não vou saber mensurar. Tinha uma câmera de monitoramento urbano que captou a imagem dele e focava bem o local onde ele estava”, disse a prima em postagem nas redes digitais.

 

A prima detalha ainda que a câmera de monitoramento urbano fez uma rotação, com um tempo ainda indefinido, e quando retornou Flávio não estava mais nesse mesmo local. Esse seria o último registro do brasileiro.

 

“Foi informado que foram analisadas as imagens das câmeras ao entorno para ver se ele poderia ter ido para um lado, para o outro, para trás. E não foi achada nenhuma imagem daquele período em que fosse detectado onde o Flávio passaria. Então, assim, nós não temos uma certeza, nós não temos uma conclusão”, declarou. 

 

Com informações da Rádio France Internacional, Estado de Minas, Folha de S. Paulo e UOL.

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