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Marcola admite ser chefe do PCC pela primeira vez (VÍDEO)

Durante a conversa, Marcola detalhou que se tornou o líder definitivo da organização após o assassinato de sua esposa, Ana Maria Olivatto, mencionando que antes desse acontecimento ele não exercia o papel de chefe. “É aí que eu me tornei o chefe do negócio. Porque antes disso daí [assassinato da Ana], eu não era chefe de nada, entendeu?”, disse ele.

Além disso, Marcola relatou que, antes de assumir a posição de comando, atuava como um mediador em crises de rebelião dentro dos presídios de São Paulo, facilitando a comunicação entre os presos ligados ao PCC e um diretor penitenciário identificado como doutor Guilherme.

O líder afirmou que não almejava a liderança da facção e que o crime contra sua esposa foi o estopim para sua ascensão no grupo criminoso: “Se eles não matam a doutora Ana, eu estava na rua há 20 anos atrás já, entendeu… Quando mataram a minha mulher eu fui para cima desses caras ai. Esses caras que são os chefes da matança”.

No encontro com o advogado, Marcola também falou sobre os processos judiciais em que é acusado. Ele comentou que, nas denúncias que resultaram em sua condenação de 300 anos, seu nome raramente era mencionado.

Em um dos casos discutidos, um réu conhecido como Chocolate teria sido torturado e, ao ser questionado se crimes daquela magnitude poderiam ocorrer sem o aval de Marcola, respondeu que “achava que não”, segundo relato do próprio Marcola.

O líder do PCC afirmou que as acusações contra ele são generalizadas, sem a menção direta ao seu nome, postura que reafirmou em uma outra gravação de julho de 2022, também obtida pela reportagem, na qual declarou estar “sempre acusado de tudo”.

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