Alckmin celebra maior alta na produção mensal de veículos desde 2019
De acordo com dados da Anfavea, divulgados nesta quinta-feira, 5 de setembro, vendas diárias e produção mensal de veículos, em agosto, voltaram aos índices pré-pandemia.
Por Humberto Azevedo
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), celebrou nesta quinta-feira, 5 de setembro, o aumento na produção mensal e nas vendas diárias de veículos em agosto, conforme o balanço realizado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O ministro e vice-presidente do Brasil destacou, ainda, os resultados positivos na economia, que impulsionam a indústria brasileira.
De acordo com a Anfavea foram produzidos 259 mil e 613 veículos no último mês, o que representa um crescimento de 5,2% em relação a julho e de 14,4% na comparação com agosto de 2023. O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, este é o melhor resultado da produção mensal desde outubro de 2019.
O levantamento inclui carros de passageiros, comerciais leves, caminhões e ônibus. Outro indicador que voltou ao patamar pré-pandemia foi a média diária de vendas, com 10,8 mil emplacamentos diários em agosto. No total, foram vendidas 237,4 mil unidades emplacadas, 14,3% a mais que em agosto de 2022.
“Cumprimentar o setor, a Anfavea, pelos bons números. As vendas cresceram 14%, praticamente. E esse é um momento bom. Aumentou a confiança do consumidor. Aumentou a confiança do empresário (…) No segundo trimestre era esperado crescimento de 0,9% do PIB. Crescemos 1,4%. A indústria cresceu 1,8% e os investimentos cresceram 2,1%”, disse Alckmin durante coletiva à imprensa na visita que fez à Anfavea.
REFLEXOS
Na avaliação do dirigente da Anfavea os números são reflexos do cenário nacional aliado a novos produtos lançados pelo setor. Na oportunidade, Márcio Leite entregou ao ministro um novo estudo intitulado “Avançando nos Caminhos da Descarbonização Automotiva no Brasil”, que aponta que cerca de 50% dos veículos vendidos na virada da década serão híbridos ou elétricos.
O documento é uma contribuição da entidade e do setor para a Conferência de Mudanças Climáticas (COP) 29, que será realizada este ano no Azerbaijão e no ano que vem em Belém, no estado do Pará.
“As fábricas estão acelerando em função não só da reação consistente do mercado interno, mas também pela quantidade de lançamentos importantes”, enfatizou o presidente da Anfavea.
DESCARBONIZAÇÃO
O estudo elaborado pela Anfavea, em parceria com a “Boston Consulting Group” (BCG) demonstra que, ao se intensificar o uso das novas tecnologias de propulsão desenvolvidas pelos fabricantes de veículos nacionais, combinadas com a maior utilização de biocombustíveis, pode-se obter uma redução de até 280 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) nos próximos 15 anos.
Alckmin ressaltou que o Brasil pode ser protagonista global no debate sobre descarbonização e citou algumas ações do governo nesse sentido, como o projeto de lei que institui o “combustível do futuro”, aprovado nesta última quarta-feira, 4 de setembro, pelo Senado Federal, e que traz avanços importantes na área de biocombustível e ajudará o Brasil a protagonizar a descarbonização do setor. O texto deste projeto volta, agora, para análise da Câmara dos Deputados.
Além disso, a descarbonização do setor automotivo ganhou força com o programa de “Mobilidade Verde” – Mover. Na ocasião, o vice-presidente do país lembrou que o programa é uma luta do setor e promove eficiência energética, inovação, qualidade dos produtos e pesquisa e desenvolvimento do setor.
“Este ano, são R$ 3,5 bilhões de crédito financeiro. No ano que vem, R$ 3,8 bilhões, e chegaremos a R$ 19,5 bilhões, até 2026. Esta foi uma das razões de termos o investimento anunciado de R$ 130 bilhões. E só neste ano, 57 mil novos empregos na indústria automotiva”, concluiu Alckmin.
Com informações de assessoria.