69 atletas olímpicos palestinos foram mortos por Israel em Gaza
Apesar dos apelos do Comitê Olímpico da Palestina em excluir a delegação israelense dos jogos olímpicos a exemplo do que acontece com a delegação russa, o COI e a FIFA garantiram a Israel o direito de representar as cores do país que enfrenta acusações de promover um genocídio de crianças e mulheres palestinas.
Por Humberto Azevedo
Entre os quase 40 mil palestinos assassinados pelas forças armadas de Israel na Faixa de Gaza, 69 eram atletas olímpicos da Palestina que sonhavam em disputar as Olimpíadas de Paris, que acontecem na capital francesa até 11 de agosto. Entre os atletas olímpicos palestinos que perderam a vida, estão Hani Al-Mossader, técnico da seleção olímpica palestina de futebol e Majed Abu Maraheel, o primeiro atleta olímpico daquele país.
Apesar dos apelos do Comitê Olímpico da Palestina em excluir a delegação israelense dos jogos olímpicos a exemplo do que acontece com a delegação russa, o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Federação Internacional de Futebol Associativo (FIFA) garantiram a Israel o direito de representar as cores do país, que enfrenta acusações de promover um genocídio de crianças e mulheres palestinas, nos jogos olímpicos.
Mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, membros de parlamentos, atletas internacionais e do neto de Nelson Mandela, Mandla Mandela, já protestaram contra a decisão de manter Israel nas Olimpíadas. Na última passada, a FIFA decidiu adiar o julgamento apresentado pela federação da África do Sul que pede o banimento da seleção Israelense dos jogos oficiais de futebol.
A Corte Internacional de Justiça, com sede em Haia – na Holanda, decidiu que organismos internacionais como o COI e a FIFA estão obrigados em reconhecer e dar consequência aos crimes de guerra, contra a humanidade e de genocídio cometidos por Israel contra os palestinos. Desde 7 de outubro, quando um grupo do Hamas invadiu Israel e matou mais de mil judeus num dos maiores atos terroristas já praticados, as forças armadas de Israel já mataram mais de 39 mil palestinos. Especialistas garantem que esse número já alcança 50 mil vítimas fatais e que pode chegar até quase 200 mil devido aos efeitos duradouros das ações de genocídio, incluindo a guerra de fome contra 2,3 milhões de pessoas que vivem na Faixa de Gaza.
Com informações de agências internacionais.