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Carin Salomão e Raquel Hostins são as vítimas (Foto: Reprodução / Redes Sociais-Internet)

Feminicídio: o que está por trás de assassinato brutal de mulheres em Navegantes; Álcool, briga e “acaso”

Amigas foram mortas por um colega de infância de uma delas depois de uma discussão.

Em mais um caso de feminicídio, o assassinato das amigas Carin Salomão e Raquel Hostins em Navegantes (SC), no mês passado, teve como pano de fundo álcool, brigas e até um encontro ao acaso. O autor dos crimes confessou, inclusive, que matou Carin apenas porque ela estava “no local errado, na hora errada”. Uma coletiva de imprensa da Polícia Civil catarinense nesta última sexta-feira, 12 de julho, trouxe detalhes da investigação.

Carin, 37 anos, e Raquel, 32, foram mortas com golpes de faca no pescoço dentro da casa de Raquel no dia em que ela reencontrou um amigo de infância, que é o suspeito dos homicídios. Naquela sexta-feira (21/6), os dois se viram após anos sem contato e tiveram um encontro. Almoçaram juntos, ingeriram bebida alcoólica durante a tarde e foram até o imóvel da mulher no bairro Machados.

O homem de 34 anos, então, foi para a casa da mãe dele pegar um carro emprestado. Ao ter o pedido negado, discutiu com a família e jogou uma pedra contra o veículo. Na sequência, foi sozinho para outro lugar e continuou a beber, além de usar outras drogas, conta o delegado Roney Péricles.

Ele voltou para a casa de Raquel, que, na versão dada em depoimento pelo indiciado, teria dito algo que o desagradou, o que gerou um desentendimento entre os dois e o esfaqueamento. Carin, que não conhecia o homem, foi até a residência da amiga no momento em que o assassino estava no local.

Segundo ele, ela chegou logo após ele ter cometido o crime e aí, para assegurar a ocultação e impunidade, ele acabou tendo que matá-la”, detalhou o delegado.

 

FICHA CORRIDA

O homem, que tem passagens por crimes patrimoniais e de violência doméstica e de gênero, está preso desde a descoberta das mortes e deve responder por duplo homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e sem chance de defesa das vítimas. Se condenado à pena máxima, pode pegar até 60 anos de prisão. O inquérito agora será entregue ao Ministério Público para o andamento do processo judicial.

Por NSC Total

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