Duas semanas após tentativa de golpe ocorrida na Bolívia, Pacheco faz manifestação oficial pelo Congresso: “Felizmente, dada a força da democracia boliviana, a tentativa de golpe restou infrutífera”; Lira ainda não se manifestou
“O Congresso Nacional é solidário à população boliviana e manifesta seu profundo compromisso com a ordem democrática no Brasil e em toda a América Latina”, destacou o senador mineiro em nome de todos os 594 congressistas brasileiros.
Por Humberto Azevedo
Quase duas semanas após a tentativa de golpe ocorrida na Bolívia, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) – presidente do Congresso Nacional, se manifestou oficialmente representando a todos os 594 congressistas do Brasil para repudiar os acontecimentos naquele país vizinho: “Felizmente, dada a força da democracia boliviana, a tentativa de golpe restou infrutífera”. Já o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), permanece sem se manifestar.
De acordo com o presidente do Poder Legislativo, “o Congresso Nacional é solidário à população boliviana e manifesta seu profundo compromisso com a ordem democrática no Brasil e em toda a América Latina. A população boliviana conta com o apoio do Congresso Nacional do Brasil em defesa de sua democracia”.
O senador mineiro ressaltou a atuação do Ministério das Relações Exteriores (MRE) do governo brasileiro, “que contribuiu prontamente para que a democracia e o respeito à legalidade prevalecessem, o que foi reconhecido pelo embaixador da Bolívia em nosso país, Horácio Villegas”.
“Gostaria de condenar publicamente, em nome do Congresso Nacional, os acontecimentos que marcaram nossa nação vizinha, a Bolívia, na semana passada. Uma tentativa de golpe de Estado, que, segundo as informações disponíveis, contou com a participação de membros das Forças Armadas daquele país. Como Presidente do Congresso Nacional, o mais democrático dos Poderes, compartilho minha posição de repudiar qualquer ato que afronte a ordem constitucional, tal como ocorreu na Bolívia”, iniciou em fala feita no plenário do Senado Federal.
“No Brasil, em 2023, enfrentamos uma tentativa de insurreição autoritária de uma minoria inconformada, que nunca representou a vontade popular. Essa tentativa foi rechaçada pela firmeza das nossas instituições e o resultado das eleições foi, enfim, respeitado, como deve ser no regime democrático. Tenho certeza de que a Bolívia seguirá por esse caminho e fará prevalecer a Constituição e a vontade de seu povo manifesta no processo eleitoral”, continuou.
“Já disse e repito: Só com a democracia sobrevive a liberdade. Esse princípio fundamental vale para o Brasil, vale para a Bolívia e, acredito, para todos os povos e nações. Não há escolha que prescinda da democracia, poderia dizer Winston Churchill. É digna de menção, ainda, a ação do governo brasileiro”, finalizou.